Humanizar as cidades é o primeiro passo para uma cidade mais sustentável e eficiente. Por isso pensar estrategicamente uma forma onde as pessoas possam trafegar com segurança pelas suas cidades é essencial para os governantes.
O Debate de CEOs sobre Mobilidade Urbana, parte da programação do Smart City Business America & Congress e mediado por Gregório da Silva Júnior Presidente da URBS, retratou de que forma poderemos ter uma mobilidade urbana mais sustentável, segura e humana.
Para David King, chairman do Board da Future Cities Catapult, os governantes tem que ter uma solução que priorize primeiro o ser humano. “A ideia em que as pessoas possam andar juntas. Em que tudo tenha uma distância que você possa andar por ela”, explica.
O debate também contou com a presença de César Dockweiler Suarez, CEO da Empresa Estatal de Transporte por Cable Mi Teleférico, que falou sobre a sua experiência em La Paz. “A limitação dos recursos é o primeiro problema. A maioria das cidades tem uma escassez de espaço público”, conta. Com tudo uma solução feita na cidade boliviana foi a utilização do teleférico. “O teleférico é como uma acupuntura urbana”, completa.
Contudo, para o presidente da CAF do Brasil, Renato Meirelles, a integração é necessária. “O Brasil é um país de oportunidades. A nossa função é transformar elas em realidades. Enxergo a integração dos modais fundamental. Tem de haver uma complementariedade”, comenta.
Já para Luis Carlos Pimenta, Presidente da Volvo Ônibus Latin America, o assunto do financiamento não podia deixar de ser discutido. “O financiamento é algo que atormenta a todos nós. A gente tem que sempre lembrar que o operador de ônibus sempre está visando o lucro e procura dentro da sua empresa ser eficiente. Mas se deixarmos sempre o lucro comandar, não teríamos novos bairros”, ressaltou.
O presidente da Alstom, Michel Boccaccio Presidente da Alstom Brasil, também entrou na discussão ressaltando que o pensamento ao longo prazo é essencial: “Obra de mobilidade urbana não é uma obra de governo, é uma obra de estado”.