O sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo informou nesta quinta-feira (11), que deverá paralisar as atividades por três horas na tarde da terça-feira (16/05) e ameaça fazer outras ações por reajuste salarial que podem afetar a circulação dos ônibus na capital paulista a partir da madrugada desta sexta-feira (12).
Pela definição da assembleia do Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano) realizada nesta quinta-feira (11/05), a categoria fará assembleias nas garagens das 3h às 6h nesta sexta-feira (12/5) e na segunda-feira (15/5), devendo atrasar a saída dos ônibus para as ruas, que geralmente ocorre a partir das 4h.
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Os motoristas e cobradores de ônibus decidiram que, na terça-feira (12/05), a paralisação dos ônibus na capital paulista deverá ocorrer das 14h às 17h.
A paralisação está relacionada ao impasse com as empresas de ônibus na negociação por reajuste salarial. Os motoristas e cobradores reivindicam um ajuste de acordo com a inflação do período mais 5%, enquanto a proposta apresentada pelas empresas, seria de 3% de reajuste salarial a ser pago em duas parcelas.
O sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus afirma ainda que as viações informaram que não devem pagar a Participação nos Lucros e Resultados referente aos meses de maio de 2016 a maio de 2017. A justificativa dada por muitas empresas é de que operaram com a situação financeira crítica neste período.
O presidente do sindicato, Valdevan Noventa, destacou a necessidade de atendimento aos pleitos dos trabalhadores. Valdevan Noventa disse ter recebido do secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda, o pedido para que se esgote as possibilidade de negociação antes de qualquer ato.
Confira a nota do sindicato na íntegra:
“A rua do Sindicato ficou tomada por trabalhadores(as) em transportes que compareceram em massa a assembleia, na tarde de hoje (11/05) para deliberar sobre o Plano de Lutas pela valorização do salários e de outros importantes direitos. O presidente Valdevan Noventa fez um discurso inflamado de que a proposta patronal é uma indecência.
Tentaram humilhar nossa categoria com essa merreca de reajuste (só 3% parcelado em duas vezes), aumento do ticket refeição igual ao dos salários e zero de Participação nos Lucros e Resultados, mas eu encurtei a conversa. Com o apoio da diretoria e da comissão de negociação disse não ao SPUrbanuss. Sem acordo a reunião foi encerrada e a direção voltou as atenções para preparar o Plano de Lutas e fazer uma mega mobilização da categoria para os próximos enfrentamentos”.
Os dirigentes ressaltaram que o momento exige unidade e força. O Poder Público e os empresários que corram atrás para pagar nossos direitos com reajuste digno. Vamos arregaçar as mangas porque a luta nos espera companheiros(as)! O presidente da Nova Central, Luizinho, prestigiou a assembleia”.