ViaMobilidade recebeu trens da CPTM sem revisão nos rodeiros

O início da concessionária ViaMobilidade na administração e operação das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda não está sendo nada fácil. Morte de funcionário eletrocutado, colisão de trem, avanço de sinal, estão entre as irregularidades apontadas na operação da concessionária.

O Ministério Público de São Paulo abriu investigação para apurar as causas de tantos problemas. Por sua vez, a ViaMobilidade diz ter recebido os trens em “condições desfavoráveis”.

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  • Há duas investigações em aberto, que buscam respostas para a sequência de falhas nas duas linhas operadas pela concessionária.

    A Secretaria dos Transportes Metropolitanos já aplicou R$ 7,9 milhões em multa à ViaMobilidade, em razão das falhas notáveis.

    Ao jornal Folha de São Paulo, a ViaMobilidade apontou que na frota operacional há diversos problemas relevantes, tanto do ponto de vista operacional, quanto da sua segurança, “verificados por ocasião da realização das manutenções preventiva e corretiva dos ativos” e “que não poderiam ter sido identificados, dadas, entre outras razões, a limitações operacionais e físicas de acesso aos equipamentos e instalações, bem como a limitação da abrangência dos testes nos sistemas a fim de atestar o funcionamento e suas condições”.

    O site “Diário do Transporte” revelou que a ViaMobilidade iniciou as suas operações com 65% da frota de trens com revisão vencida recebida pela CPTM.

    O processo de transferência da frota ocorreu após uma auditoria independente, confirmada tanto pela CPTM, como pela ViaMobilidade.

    Os trens citados são das séries 7000 e 7500, e, de acordo com o documento que o site teve acesso, os trens rodaram entre 1,42 milhão de quilômetros e 2,03 milhões de quilômetros sem a revisão nos rodeiros, que é o conjunto de rodas.

    Segundo o manual da fabricante, a revisão dos trens indicada deve ser feita a cada 1,2 milhão de quilômetros rodados.

    A concessionária também alega que muitas das manutenções corretivas e preventivas deveriam ter sido concluídas pela CPTM antes de entregar as linhas, e que havia pendências contratuais com empresas terceirizadas.

    Ainda de acordo com a ViaMobilidade, os incidentes noticiados na mídia derivaram de razões de ordem técnica preexistentes.