O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (União Brasil), se encontrou na manhã desta quarta-feira, 5 de junho, com uma comitiva de dirigentes do Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo). Durante o encontro, o presidente ouviu as demandas da categoria.
Ao sair da reunião, o presidente do Sindmotoristas, Edivaldo Santiago, indicou a possibilidade de suspensão da paralisação prevista para a próxima sexta-feira. Ele afirmou que a proposta será apresentada nesta tarde durante a audiência do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e também será submetida a votação em uma assembleia da categoria amanhã de manhã.
Greve de ônibus em São Paulo pode ocorrer na sexta, 7 de junho
Negociações e demandas dos trabalhadores:
- SindMotoristas: Representa a categoria e está em impasse nas negociações salariais.
- Reivindicações dos trabalhadores:
- Reajuste de 3,69% pelo IPCA-IBGE.
- Aumento real de 5%.
- Reposição das perdas salariais na pandemia de 2,46%, conforme o DIEESE.
- Proposta dos empresários:
- Aumento de 2,77%.
- Composição pelo “salariômetro” em setembro.
- A proposta foi rejeitada, e não inclui Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Possibilidade de greve:
- O SindMotoristas, através de Nailton Francisco, indicou que a paralisação será de 24 horas como forma de advertência.
- A greve pode ser evitada se uma nova proposta satisfatória for apresentada até quinta-feira, dia 6 de junho.
Prefeitura tomará medidas judiciais contra greve de ônibus em São Paulo
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, anunciou em coletiva de imprensa na terça-feira que a Prefeitura irá à Justiça para evitar a greve dos motoristas e cobradores de ônibus, marcada para sexta-feira, dia 7 de junho de 2024. A Procuradoria Geral do Município (PGM) entrará com um pedido no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para garantir a operação máxima da frota de ônibus durante a paralisação.
Demandas da Prefeitura:
- Manutenção de 100% da frota nos horários de pico (manhã e tarde/noite).
- Operação de 80% da frota nos horários de entrepico.
Declaração do Prefeito: Ricardo Nunes afirmou que a categoria dos motoristas e cobradores está em “estado de greve”, uma estratégia para pressionar a administração pública. Ele destacou a importância do transporte coletivo como serviço essencial e a necessidade de cumprir a legislação, que exige comunicação com 72 horas de antecedência sobre a greve.
Solicitação judicial:
- A PGM, representada pela procuradora-geral Marina Magro, peticionará ao TRT para garantir o funcionamento da frota de ônibus conforme as demandas da Prefeitura.