Um grupo de brasileiros venceu pela primeira vez a Olimpíada Internacional de Tecnologia e Inovação em Martigny, na Suíça. O evento ocorreu entre os dias 30/08 e 19/09 e reuniu cerca de 40 pesquisadores do mundo todo.
“Milênio Bus” é o projeto elaborado pelo engenheiro de produção Renato Rodrigues, de 30 anos, pelo engenheiro de controle e automação, Marcel Ogando, de 28 anos, e pelo estudante de Engenharia de Controle e Automação, Fábien Oliveira, de 22 anos, que juntos compõem a equipe Top Down.
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A ideia Milênio Bus consiste na criação de sensores capazes de verificar em tempo real quantas pessoas embarcam e desembarcam dos ônibus. O intuito é que as informações de lotação do coletivo possam ser compartilhadas pelos usuários por meio de um aplicativo, no qual também será possível realizar compras de crédito do transporte.
A iniciativa do grupo surgiu durante a 1ª Hackatona Metropolitana, promovida pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e pela Concessionária Metra. A equipe foi uma das vencedoras do evento de tecnologia e mobilidade urbana e passou a desenvolver o projeto no laboratório de inovação das empresas, o [E] LAB – Experimentos em Transportes.
Com o avanço no dispositivo, os rapazes se inscreveram na Olimpíada Internacional. “É uma satisfação saber que um projeto em construção no nosso laboratório tem reconhecimento. Isso reforça que, quando chamamos a sociedade para participar de ações com o setor público o resultado é sempre muito surpreendente”, diz o presidente da EMTU, Joaquim Lopes.
Para a coordenadora do Núcleo de Parcerias + Inovação da EMTU, Renata Veríssimo, o interessante é saber que o grupo começou a pensar em soluções a partir de dificuldades reais no trânsito do Brasil e que podem ser utilizadas em diversas partes do mundo. “A importância de eles trazerem essa vitória é ver que o [E] LAB – Experimentos em Transportes está atuando como espaço facilitador de inovações no transporte”, afirma.
Além do título de vencedores da Olimpíada Internacional de Tecnologia e Inovação, a equipe Top Down recebeu um cheque de cinco mil francos suíços, equivalente a R$ 18 mil.
O grupo já instalou protótipos dos sensores em um dos veículos da Metra e está em teste no Corredor ABD, operado pela empresa e gerenciado pela EMTU.