De acordo com o Anuário NTU 2023-2024, o transporte público por ônibus no Brasil enfrentou uma significativa queda na demanda nos últimos dez anos, com uma redução de 44,1% no número de passageiros.
Em 2023, os ônibus urbanos transportaram menos 19,1 milhões de passageiros por dia comparado a 2014.
O fenômeno se agravou durante a pandemia, com uma queda de 25,8% em relação a 2019, resultando em uma perda de um em cada quatro passageiros nas cidades analisadas.
Entre os fatores que contribuíram para essa redução estão o aumento do home office, o crescimento do e-commerce e a maior adoção de veículos particulares.
Para enfrentar essa crise, especialistas sugerem a implementação de novas políticas públicas, como um novo Marco Legal e incentivos para o transporte público.
Apesar da queda na demanda, o número de cidades que subsidiam o transporte público aumentou. Atualmente, 365 cidades oferecem algum tipo de subsídio tarifário, sendo que 135 delas adotaram a tarifa zero.
No entanto, a média de subsídios no Brasil é de 30% dos custos, abaixo da média internacional de 55%. A ampliação dos subsídios é vista como uma forma de atrair de volta os usuários.
O Anuário também revela que a idade média da frota de ônibus atingiu 6 anos e 5 meses em 2023, sem redução desde 2011.
A falta de renovação da frota e o aumento dos custos, especialmente com a mão de obra, que representa 42,7% do custo total, são desafios adicionais.
A produtividade dos sistemas de transporte público por ônibus caiu 37,8% nas últimas três décadas, o que compromete o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos.
Para recuperar a demanda, são necessárias ações como a aprovação do novo Marco Legal do Transporte Público Coletivo e investimentos em renovação da frota, infraestrutura e novas tecnologias.
O transporte público é crucial para garantir acesso a serviços essenciais e mobilidade para a população.
Hoje é mais interessante andar de aplicativo de que ficar horas esperando um transporte público
Deve diminuir mais o número de usuários