Privacidade de dados e apps de mobilidade: a proteção de informações pessoais e utilização de dados para aperfeiçoar o serviço

A proteção das informações pessoais dos usuários é uma preocupação central para empresas de diversos setores da economia digital. Na mobilidade isso não é diferente. Com a tecnologia cada vez mais desenvolvida, os aplicativos de serviços de transporte individual de passageiros devem compreender a importância de coletar, organizar, armazenar e também proteger os dados dos seus usuários.

Segundo pesquisa recente da Cisco, 92% dos entrevistados acreditam que a sua organização precisa fazer mais para tranquilizar os clientes sobre seus dados. Nesse sentido, é importante que as companhias se atentem para o uso adequado das informações de seus clientes, inclusive respeitando normas sobre o assunto, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – sobretudo quando falamos de serviços essenciais, como o transporte de pessoas. Dessa forma, também será possível demonstrar com clareza aos usuários que suas informações estão protegidas e para que finalidade estão sendo utilizadas.

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No ecossistema digital, ao mesmo tempo em que as informações específicas sobre cada usuário devem ser resguardadas com rigor, é possível obter insights valiosos sobre o uso das plataformas pelos passageiros. No caso dos serviços de mobilidade, é possível fazer isso de forma ética e transparente, sem vinculá-las com a pessoa física que utiliza o aplicativo.

Por meio do filtro das informações gerais sobre as preferências dos usuários, abrem-se possibilidades para aprimorar o serviço e oferecer uma experiência mais personalizada e satisfatória. Por exemplo, ao analisar os padrões de viagem dos usuários, o aplicativo de transporte pode identificar áreas onde a demanda é alta, permitindo uma disponibilização mais eficiente de motoristas e, consequentemente, a redução do tempo de espera dos passageiros.

Da mesma forma, ao saber quais são as preferências dos usuários em relação a veículos, opções de pagamento e outros recursos podem levar ao desenvolvimento de novas funcionalidades e serviços que atendam melhor às necessidades específicas dos clientes. E não para por aí, não há limites para o uso da criatividade na utilização desses insights. O importante é garantir que os dados não sejam expostos e utilizados de forma inadequada.

Thiago Hidalgo, CEO do Consórcio 3C, que desenvolveu o mobizapSP, aplicativo de transporte individual de passageiros da Prefeitura de São Paulo, encontra-se disponível para falar sobre o tema e esclarecer quaisquer dúvidas sobre a proteção de dados nesse sentido e ainda sobre a utilização das informações para estratégias mais assertivas.