O governo de São Paulo poderá pagar indenização no valor de R$ 500 milhões para o Consórcio Vem ABC, pelo rompimento do contrato de construção e concessão da linha 18-Bronze do monotrilho.
O consórcio tinha sido contratado para a realização da obra, no entanto, houve cancelamento unilateral.
A linha 18-Bronze tinha previsão de entrega em 2019, porém, no mesmo ano, o então governador João Doria ao lado de Alexandre Baldy, secretário dos transportes Metropolitanos na época, decidiram cancelar a obra, romper o contrato, e dar início ao projeto do BRT-ABC, um corredor de “ônibus rápido”.
O projeto custava R$ 4 bilhões para transportar 340 mil pessoas por dia.
O antigo consórcio do monotrilho contratou um perito e uma consultoria para estimar os valores de ressarcimento.
Entre os pedidos:
- R$ 51 milhões por danos emergentes, que calcula a reposição do valor patrimonial perdido.
- R$ 233 milhões por lucros cessantes, que faz a estimativa do lucro futuro que o contrato traria.
- R$ 182 milhões por perda de chance, que calcula o retorno do negócio e a receita que teria nos anos de concessão.
A Secretaria de Transportes Metropolitanos explicou em nota que o BRT-ABC era um projeto em andamento, sem nenhuma relação com a extinção do contrato da Linha 18-Bronze. E, disse ainda, que o conselho gestor do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas recomendou o fim do contrato do monotrilho tendo em vista a inviabilidade financeira.