Desde o ano passado, o Brasil tem enfrentado altas no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o índice oficial que mede a inflação no país. Essas variações refletem em preços de itens, considerados básicos em nosso dia a dia, como alimentos e combustíveis.
Desde janeiro de 2021, a Semrush – plataforma de gerenciamento de visibilidade online – tem monitorado o volume de buscas por termos relacionados à alta do combustível no Brasil. Com uma base de dados robusta de diferentes parceiros, o levantamento apontou um crescimento de 123% nas buscas pelo termo “preço da gasolina” nos últimos meses. Após o reajuste anunciado pela Petrobras no dia 10 de março, o número de buscas apresentou um aumento de 800% e se manteve crescente nas semanas subsequentes do mês de março.
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Por ser um combustível derivado do petróleo, o preço da gasolina está, diretamente, ligado ao da commodity. Quando o preço do petróleo sobe, a gasolina e outros combustíveis também sofrem reajuste, seguindo a Política de Paridade de Importação (PPI) que acompanha os preços internacionais desde 2016.
Como alternativa à alta da gasolina, o público tem buscado diferentes formas de locomoção, como aponta o levantamento feito pela Semrush. “Carro elétrico” foi o termo mais buscado no último ano, com um crescimento de 49,4%. As pesquisas por esse tipo de veículo ultrapassaram 50 mil buscas no período.
“Alugar carro” também aparece entre os mais pesquisados pelo público, de acordo com os dados. Mais de 49,7 mil pessoas realizaram buscas sobre o aluguel de automóveis, indicando uma tendência crescente em opções mais econômicas a ter um carro próprio, devido às constantes altas do petróleo, influenciadas, sobretudo, pelas instabilidades e conflitos econômicos mundiais.
A Semrush ainda destaca que as expressões “aplicativos de carona” e “carona solidária” tiveram um aumento superior a 50% nas pesquisas, somando mais de 6,7 mil buscas em 2021. Esses números demonstram a constante demanda do público por novas possibilidades de locomoção, apostando em sistemas de economia compartilhada que movimentaram, cada vez mais, o mercado de transportes no Brasil.