Pelo menos 15 funcionários de empresas de ônibus da capital paulista podem ter morrido de Covid-19, diz sindicato

Vinte e sete motoristas de ônibus de São Paulo estão com coronavírus, de acordo com levantamento feito pela rádio Bandeirantes junto ao sindicato que representa a categoria.

O relatório elaborado pelo Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) aponta outros 175 casos suspeitos e 15 mortes, sendo 3 já confirmadas por Covid-19 e 12 aguardando o resultado dos exames. A maioria dos óbitos foi de trabalhadores que prestavam serviço na Zona Oeste da cidade.

Já os casos suspeitos, segundo o balanço, estão concentrados em motoristas que operam linhas da Zona Sul. Um motorista que está afastado com confirmação da doença disse à rádio Bandeirantes que as empresas não estão fornecendo equipamento de proteção individual nas garagens.

O motorista, que pediu para não ser identificado, está comprando álcool em gel e máscara com dinheiro do próprio bolso. O Sindmotoristas afirma que vai usar o levantamento para cobrar pontualmente ações protetivas das empresas.

Em nota, a SPTrans disse à emissora de rádio ter intensificado a limpeza dos banheiros de terminais, reforçado a higienização dos coletivos e orientado motoristas e cobradores a cuidar da higiene pessoal.

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, a distribuição dos Equipamento de Proteção Individual é de responsabilidade das empresas. Já o sindicato que representa todas as empresas de ônibus da capital, o SPUrbanuss, não respondeu aos questionamentos da reportagem da emissora.