Bancos e agentes financeiros têm demonstrado interesse na renovação da frota paulistana. “A eletrificação do transporte público está levando ao surgimento de novos modelos de negócio em todo o mundo e São Paulo certamente não será exceção”, ressalta Ilan Cuperstein, vice-diretor regional para a América Latina da C40.
“Novos formatos de financiamento e a redefinição dos serviços oferecidos por fabricantes e encarroçadores está alterando a maneira como os operadores gerenciam seu negócio. De donos de frotas, responsáveis por sua compra, manutenção e posterior venda, eles tendem a se tornar operadores do serviço do transporte, focados na sua qualidade, e repassando as demais tarefas para terceiros”, explica.
Se antes as tradicionais empresas operadoras de ônibus de São Paulo tinham que prover todos os recursos para a aquisição e operação dos veículos, hoje existem novos modelos que facilitam a entrada dos ônibus elétricos na frota paulistana.
É possível por exemplo que um fundo de investimento privado se responsabilize pela compra do veículo e ofereça ao operador por meio de um contrato de aluguel ou leasing.
Em outros casos, as empresas operadoras de ônibus pode se responsabilizar pela compra do “esqueleto do veículo” (chassis e carroceria), enquanto outro parceiro privado provê a bateria, que pode custar até quase 50% do valor total do veículo.
Estes novos modelos diminuem substancialmente a necessidade de capital inicial do operador privado, que usualmente tem dificuldade de contrair crédito.
Ao mesmo tempo, estes negócios se beneficiam das economias operacionais de ônibus a bateria. O evento Bancos comerciais, de desenvolvimento e investidores mostraram seu interesse em aportar recursos e oferecer novos modelos de negócios que favoreçam a transição tecnológica em evento realizado pela C40 e Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT) com a Prefeitura de São Paulo que reuniu operadores de ônibus das linhas da cidade, fabricantes de ônibus zero emissões, e entidades financeiras.