O Sindicato dos Metroviários de São Paulo aprovou em assembleia realizada no dia 6, que os trabalhadores podem fazer uma paralisação de 24 horas, na próxima quarta-feira (15), no ato contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista.
Nesta data, o chamado Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, serão realizadas paralisações e manifestações em todo o Brasil contra as Reformas da Previdência e Trabalhista.
Uma assembleia será realizada pelos metroviários na noite de terça-feira (14) para organizar a paralisação no dia seguinte. Os metroviários também vão decidir se devem paralisar as atividades, mesmo que parcialmente, no dia 15. Vale ressaltar que nem todos os metroviários aprovam a paralisação.
Todas as linhas do Metrô (1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 5-Lilás e 15-Prata) seriam afetadas, com exceção da Linha 4-Amarela, que é administrada pela concessionária ViaQuatro.
Metrô
A companhia emitiu uma nota interna aos funcionários onde intitula que o sindicato ameaça, mais uma vez, paralisar o sistema e prejudicar a população. Confira na íntegra:
“O Sindicato dos Metroviários confirmou, na última assembleia de 6/3, a decisão de participar da paralisação de 24 horas do “Dia Nacional de Luta contra as Reformas da Previdência e Trabalhista”, a partir da zero hora do dia 15/3.
É nítida a intenção do Sindicato de fazer uso do nome e da imagem do Metrô e de seus empregados para atender os interesses da entidade, já que as questões acima não estão embasadas nas relações de trabalho da empresa e de seus empregados.
A Companhia lamenta que o Sindicato, reiteradamente e de modo irresponsável, age prejudicando, diretamente, a imagem de uma instituição como o Metrô e a de seus profissionais perante a população de São Paulo.
Assim, o Metrô deixa claro que não vai tolerar essa paralisação e que os empregados que aderirem ao movimento ficarão sujeitos a todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis que a Companhia não se furtará de adotar, com rigor, para garantir a operação do sistema metroviário.
A missão do Metrô é muito clara: oferecer o serviço de transporte à população. O Metrô foi feito para ser usado por todos, em movimento, não por poucos que querem vê-lo parado apenas para atender seus próprios interesses”.
Outros sindicatos
Também estão confirmadas as paralisações de outros sindicatos no dia 15: Motoristas e cobradores de ônibus (paralisação entre 0h e 8h), Metalúrgicos, Químicos, Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), Eletricitários, Sabesp, Correios, Professores estaduais e municipais, Bancários, Servidores federais, Trabalhadores do judiciário federal, além de outros.
Além disso, haverá o fechamento de diversas rodovias e avenidas na capital e região metropolitana.