João Doria anuncia congelamento do preço da passagem de ônibus

João Doria, disse que, no primeiro ano de sua gestão, não haverá aumento no preço da passagem de ônibus.

Porém, a manutenção do valor do transporte coletivo em R$ 3,80, pegou de surpresa o governador Geraldo Alckmin. O governo paulista, responsável pelo Metrô e pela CPTM, costuma entrar em acordo com a Prefeitura de São Paulo os reajustes das tarifas.

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  • A gestão Alckmin avalia que será “inevitável” um reajuste na tarifa do transporte sobre trilhos em 2017 – ficaria com uma tarifa diferente, mais cara que a dos ônibus municipais.

    Há ainda a avaliação de que João Doria se precipitou, antes de saber detalhes das contas da prefeitura. Recentemente, o prefeito Fernando Haddad enviou à Câmara Municipal uma proposta de Orçamento que prevê queda real de 5,9% na previsão de arrecadação para 2017.

    Ao congelar a tarifa de ônibus em R$ 3,80, há risco de aumentos de repasses de verba do Orçamento às empresas de ônibus, os chamados subsídios, na prática seria necessário abrir mão de gastos e investimentos em outras áreas.

    Diante de uma série de gratuidades (como para idosos e estudantes de baixa renda) e descontos no transporte (com as integrações gratuitas permitidas pelo Bilhete Único), a tarifa paga pelos passageiros é insuficiente para cobrir os custos contratuais das empresas. Os subsídios servem para cobrir essa diferença.

    Nos últimos anos, houve uma disparada desses repasses, principalmente depois do congelamento temporário da tarifa após a onda de protestos de junho de 2013. Em 2012, antes de Fernando Haddad assumir, os subsídios atingiam R$ 1,17 bilhão. Neste ano, eles devem beirar a marca de R$ 2 bilhões.

    O custo para manter os ônibus na capital paulista supera R$ 7 bilhões por ano – bancado pela tarifa dos passageiros e pelos subsídios.

    João Doria pode tentar rever a remuneração das empresas, assim como Fernando Haddad já prometeu, mas enfrentará forte resistência em começo de mandato, com risco inclusive de greves de ônibus que já desgastaram outros prefeitos.

    * Com informações do jornal Folha de São Paulo

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