O serviço do Uber, aplicativo que conecta motoristas particulares a passageiros, é defendido por sete em cada dez moradores da cidade de São Paulo, segundo a mais recente pesquisa Datafolha.
Por outro lado, a categoria mais afetada pela empresa americana, os taxistas, também têm seu trabalho bem avaliado – já que 65% dos passageiros de táxi dizem considerar esses serviços ótimos ou bons, 24%, regulares, e 10%, ruins ou péssimos.
O levantamento foi realizado nos dias 12 e 13 de julho, cerca de dois meses após a liberação, pela gestão Fernando Haddad, desses aplicativos de transporte – mercado que hoje tem concorrentes do Uber, como Cabify (espanhol) e WillGo (indiano).
A pesquisa dá a dimensão de como a atividade do Uber está difundida na capital paulista: 81% da população conhece esse serviço, que já foi utilizado por 27% do total.
De modo geral, 69% dos paulistanos são a favor das atividades do Uber, ante 17% que são contrários e 8%, indiferentes – demais não souberam responder.
Assim como em outras cidades do mundo e do restante do país, a chegada do Uber em São Paulo foi alvo de resistência e protestos violentos de taxistas, com episódios de depredação e ataques a carros e até a passageiros.
Os taxistas, que dispõem de alvará fornecido pelo poder público em quantidade limitada, alegam que a atividade representa concorrência desleal, já que os serviços não contam com as mesmas exigências dos taxistas – como vistorias e taxas municipais.
Por outro lado, defensores do Uber e de outros aplicativos argumentam que os taxistas dispõem de outros benefícios, como isenção de imposto na aquisição do carro.
Parte do grupo pró-Uber avalia que esse aplicativo cresceu devido à prestação ruim de serviço pelos taxistas, mas a pesquisa Datafolha aponta mais satisfação do que insatisfação com os táxis.
Mesmo diante do crescimento do aplicativo concorrente, 39% dos paulistanos dizem que ainda costumam utilizar os táxis – e, dentre esses, dois terços elogiam a qualidade dos serviços.
A taxa de aprovação do serviço do Uber, porém, é superior – no universo de passageiros, 93% consideram ótimo ou bom, 2%, regular, e outros 2%, ruim ou péssimo.
As maiores taxas de utilização do aplicativo foram registradas entre os jovens de 16 a 24 anos (41%), moradores com ensino superior (48%) e entre os mais ricos (61% dos que ganham mais de dez salários mínimos).