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sexta-feira, março 29, 2024

Motoristas de ônibus de São Paulo fecham terminais e fazem paralisação

A Prefeitura de São Paulo calcula que 1,5 milhão de passageiros foram prejudicados pela paralisação de motoristas e cobradores na manhã desta quarta-feira (18) em São Paulo. O movimento fechou 29 terminais de ônibus entre às 10h e o meio-dia.

O número é um terço dos 4,5 milhões de passageiros que usam ônibus em São Paulo nos dias úteis.

Na quinta-feira (19), haverá outra interrupção do serviço, entre as 14h e às 16h.

A categoria pede reajuste de 5%, além da correção da inflação, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de (R$ 2.000,00), convênio médico gratuito, seguro de vida e auxílio-funeral.

O movimento fez o trânsito em São Paulo ficar até 49% acima da média – o pico se deu às 11h, com 115 km. Para o dia e para o horário, a média máxima de lentidão é de 77 km, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

Nos terminais alguns passageiros faziam fotos de ônibus parados, para mostrar aos chefes que chegariam atrasados.

ACORDO

Valdevan Noventa, presidente do Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), culpou o prefeito Fernando Haddad pela paralisação.

“O prefeito concedeu 600 mil gratuidades no final do ano, aumentou o tempo do Bilhete Único. Aí eu fico perguntando: quem vai pagar essa conta? Essa conta não é do trabalhador de transporte. Se o prefeito achou que ia diminuir a frota, demitir cobradores para dar esses benefícios, esse assistencialismo para se manter no cargo, ele caiu do cavalo”, disse.

O Secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto disse ainda que a Prefeitura de São Paulo tem cumprido com os seus compromissos. “A prefeitura tem cumprimento rigorosamente os contratos. Ela tem pago em dia todo o sistema, então, é uma relação privada entre patrões e empregados e, infelizmente, a população está pagando um preço alto em dia de chuva”, disse.

O sistema de transporte recebe cerca de R$ 2 bilhões em subsídio.

A Prefeitura de São Paulo diz acompanhar de perto a paralisação, mas afirma tratar de relação entre empresários e empregados.

O SPUrbanuss (sindicato patronal) classificou ser “desnecessária a manifestação de motoristas e cobradores, mesmo em horário de menor movimentação de passageiros”. O sindicato disse ter feito uma proposta “possível” aos trabalhadores, diante do cenário de crise econômica. A oferta foi de reajuste salarial de 2,31% e no vale-refeição.

As negociações, disse o sindicato, ainda não foram encerradas.

* Com informações do jornal Folha de São Paulo

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