Trabalhadores vão às ruas de São Paulo contra terceirização

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) comandaram na noite desta quarta-feira (15) uma manifestação em São Paulo contra o projeto de lei que regulamenta a terceirização, pelo combate à corrupção e contra a redução da maioridade penal. Outros protestos aconteceram durante a manhã na cidade.

O ato se concentrou por volta das 17h no Largo da Batata, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. A Polícia Militar diz que a manifestação reuniu cerca de 2,5 mil pessoas. Os organizadores falam em quase 40 mil manifestantes. A mobilização recebeu o nome de “Contra a Direita, por mais Direitos” e teve a participação de outros sindicatos e movimentos.

O grupo saiu em caminhada pela Avenida Faria Lima, Avenida Rebouças, Rua Oscar Freire, Rua Augusta e Avenida Paulista. No caminho, os manifestantes se uniram a um grupo de cerca de 1,3 mil pessoas, segundo números da PM, que faziam um outro protesto na Avenida Paulista. O ato foi encerrado em frente ao prédio da Fiesp por volta das 20h45.

Terceirização

O texto-base do projeto da terceirização foi aprovado na quarta passada pela Câmara dos Deputados, é rechaçado por parte das centrais sindicais.

Pelo texto aprovado, será permitido que as empresas privadas contratem trabalhadores terceirizados para exercer qualquer função. Atualmente, esse tipo de contratação é permitida somente para as chamadas atividades-meio – como, por exemplo, equipes de segurança e limpeza – e não para as atividade-fim da empresa.

O texto sob análise da Câmara põe fim a essa limitação, permitindo que qualquer funcionário seja terceirizado, mesmo os que exercem funções relacionadas à atividade principal da empresa.

Depois da aprovação do projeto na Câmara, as centrais sindicais CUT, CSP-Conlutas, CTB, NCST, Intersindical/CCT decidiram, em assembleia, realizar nesta quarta o Dia Nacional de Paralisações contra o projeto de Lei 4330, da terceirização.

“O PL 4330 ao invés de regulamentar os já terceirizados, melhorando as condições de trabalho e renda, como muitos dizem, na verdade visa dar garantias jurídicas para os empresários precarizarem as condições de trabalho no Brasil”, dizem as centrais.

Fonte: G1