Haddad diz depender de piscinões do estado para combater enchentes

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse que depende de obras do governo do estado para ampliar o combate às enchentes. Procurada, a assessoria do governador Geraldo Alckmin (PSDB) rebateu e disse que o tucano sabe quais são suas responsabilidades.

O petista foi questionado nesta sexta-feira (20) sobre os alagamentos ocorridos na quinta, principalmente em ruas da Vila Olímpia e de Moema, bairros da Zona Sul da capital. Segundo Haddad, não faltou obra de drenagem na cidade.

“Nunca teve tanta obra da Prefeitura quanto hoje. São três obras de macrodrenagem, Cordeiro, Ponte Baixa e Sumaré”, disse, ressaltando que foram gastos R$ 1 bilhão. “Entregamos 46 de microdrenagem, oito do PAC já licitadas.”

Ele acrescentou que o que faltam são obras do governo estadual. “Dependemos de obras do estado, houve cancelamento de PPP [Parceria Público-Privada] do estado, com vários piscinões, que o governo se comprometeu a realizar nos próximos meses.”

Em resposta à declaração do prefeito, a assessoria do governo do estado afirmou que já foram entregues os piscinões Olaria e Parque Tietê e os pôlderes da Vila Maria e do Aricanduva, que contribuem diretamente para a captação e reservação de águas pluviais.

Em nota, a assessoria disse que o governador não vai “incorrer no erro de jogar sobre outra esfera de governo suas próprias atribuições”. O comunicado, porém, não esclarece a situação da PPP para construção dos piscinões, citada pelo prefeito Haddad.

Chuva

Após o forte temporal de quinta, a cidade de São Paulo voltou a ser afetada pelas chuvas na tarde nesta sexta. A cidade ficou em estado de atenção para alagamentos até as 16h55, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura. A chuva complicou a circulação de trens do Metrô e da CPTM e fechou o túnel Anhangabaú, no Centro.

Choveu forte no Centro e na Marginal Tietê. Na Zona Leste, uma das mais afetadas, o temporal atingiu os bairros da Mooca, Belém e Brás. Na Grande SP, a precipitação mais forte foi registrada nas cidades de Santo André, Mauá e São Bernardo do Campo.

Fonte: G1