Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo decidiram em assembleia realizada nesta sexta-feira, 28 de junho de 2024, pela realização de uma greve a partir da meia-noite de quarta-feira, 3 de julho de 2024.
O sindicato que representa os trabalhadores informou que a campanha salarial já dura quase três meses sem que tenha havido uma nova proposta por parte das empresas de ônibus. Anteriormente, uma greve estava prevista para o dia 7 de junho, mas foi suspensa após uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que resultou na abertura de uma mesa técnica no Tribunal de Contas do Município (TCM) para continuar as negociações.
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Demandas dos Trabalhadores
O sindicato reivindica inicialmente um reajuste de 3,69% baseado no IPCA-IBGE, além de um aumento real de 5% e a reposição das perdas salariais ocorridas durante a pandemia, que somam 2,46% segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). As empresas de ônibus, por sua vez, ofereceram um reajuste de 2,77% e uma composição pelo “salariômetro” em setembro, propostas que foram rejeitadas pela assembleia dos trabalhadores.
Outras Reivindicações
Além do reajuste salarial, os trabalhadores exigem uma proposta para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), convênio médico, redução da jornada de trabalho, fim da uma hora de refeição não remunerada, e melhorias específicas para os setores de manutenção. Até o momento, as empresas não apresentaram propostas para essas demandas adicionais.
Impacto na Cidade
A greve, se confirmada, poderá afetar milhões de passageiros que dependem do transporte público na capital paulista. A população é aconselhada a planejar rotas alternativas e se preparar para possíveis transtornos durante o período de paralisação.
As autoridades municipais e os representantes das empresas de ônibus ainda não se manifestaram sobre as estratégias para minimizar o impacto da greve no transporte público da cidade.