Justiça aceita nova denúncia sobre cartel nas licitações do metrô de SP

A Justiça aceitou uma nova denúncia do Ministério Público sobre a formação de cartel nas licitações de trens do Metrô de São Paulo. Seis funcionários de quatro empresas irão responder criminalmente por suspeita de participação na fraude.

O promotor Marcelo Mendroni denunciou seis funcionários que representavam as empresas Alstom, Temoinsa, Tejofran e MPE. Eles são acusados de agir em nome das companhias para formação de um cartel para reformar 98 trens das linhas mais movimentadas do Metrô de São Paulo.

  • Siga o Mobilidade Sampa nas redes sociais, estamos no X (antigo Twitter), Facebook, Instagram, Threads, Bluesky, YouTube e LinkedIn ou participe dos canais no WhatsApp e Telegram
  • Você está no trânsito, na estrada ou no transporte coletivo e precisa enviar alguma informação? Envie sua mensagem, fotos ou vídeos para o nosso WhatsApp (11) 96292-9448
  • O Ministério Público diz que a concorrência que aconteceu entre os anos de 2008 e 2009, durante governo do PSDB, foi fraudada.

    A juíza Cynthia Maria da Silva diz na decisão que “a documentação reunida pelo MP revela o envolvimento dos réus nos fatos criminosos sob apuração”. Já na denúncia oferecida pelo promotor Marcelo Mendroni são apresentadas como provas tabelas feitas pelas empresas acertando a divisão dos contratos.

    A juíza negou o pedido feito pelo MP de prisão preventiva do executivo César Ponce de Leon, que, segundo o MP, está fora do país. Na decisão, a juíza argumentou que o fato dele estar no exterior, não demonstra perigo para as investigações.

    Desde agosto de 2013, quando o Ministério Público começou a investigar o caso do cartel do Metrô e dos trens de São Paulo, sete denúncias criminais foram feitas. A Justiça aceitou seis.

    O Ministério Público está recorrendo da única decisão que foi negativa e o promotor Marcelo Mendroni disse que ainda prepara, pelo menos, outras duas denúncias contra os suspeitos.

    Em nota, o PSDB de São Paulo informa que apoia as investigações e espera que o caso seja esclarecido e os culpados punidos.

    Também em notas, o grupo Tejofran negou qualquer participação em cartel e defendeu a lisura dos seus funcionários. A Alstom não quis comentar a nova denúncia. MPE e Temoinsa, não foram localizados os responsáveis para prestar esclarecimentos.

    Fonte: Hora 1