Setor de transporte avança em soluções para reduzir emissões até 2050

O setor de transporte brasileiro avança em soluções para reduzir emissões de gases de efeito estufa, com destaque para a Coalizão pela Descarbonização dos Transportes. Coliderada pela CNT, essa iniciativa atraiu grande público na Estação do Desenvolvimento, em Belém (PA), durante a COP30, no dia 11 de novembro de 2025. O painel “CEBDS apresenta: como tornar o setor de transporte um contribuidor ativo para a redução de emissões brasileiras” apresentou a trajetória da Coalizão, que reúne mais de uma centena de atores comprometidos com soluções sustentáveis para o transporte.

Plano estratégico propõe 90 ações para o transporte sustentável

A Coalizão surgiu a partir de um entendimento entre a CNT, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), a Motiva e o Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, do Insper. O esforço conjunto resultou em um plano estratégico com 90 alavancas integradas, que visam reduzir até 70% as emissões do setor de transporte até 2050. Entre as ações fundamentais, destacam-se modificar o mix da matriz do transporte, reforçar o uso de biocombustíveis e eletrificar a frota.

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  • Transição energética no transporte exige políticas públicas e renovação da frota

    Vander Costa, presidente do Sistema Transporte, ressaltou a obrigação da CNT em liderar a transição energética do transporte, destacando que o trabalho exige colaboração ampla. Ele lembrou o Proconve, criado em 1986, como marco para a descarbonização do setor. Para avançar, enfatizou a necessidade de políticas públicas que estimulem a mobilidade urbana em detrimento do transporte individual. Além disso, destacou a importância da renovação da frota, com a retirada de veículos poluidores. Segundo ele, não adianta inserir ônibus elétricos se os veículos antigos continuarem circulando. Propôs a adoção do IPVA progressivo, prática já adotada na Europa, para incentivar essa renovação.

    Biocombustíveis e eletrificação: desafios e potencial para o transporte

    Miguel Setas, CEO da Motiva, afirmou que todas as 90 alavancas do plano estratégico são relevantes, sem existir uma solução única para o transporte sustentável. Ele destacou o enorme potencial do Brasil para expandir o uso de biocombustíveis no setor. Por outro lado, explicou que a eletrificação da frota terá um percurso mais longo, atendendo a segmentos específicos. Além disso, a rede de abastecimento para veículos elétricos não seguirá a mesma lógica dos postos de combustíveis atuais, exigindo planejamento diferenciado.

    Articulação e advocacy fortalecem políticas públicas

    Daniela Mignani, diretora executiva de Gestão do CEBDS, ressaltou que o Plano Clima do governo federal aproveitou os resultados da Coalizão, indicando que a iniciativa está no caminho certo para o transporte sustentável. Ela destacou que a Coalizão não termina com a entrega do documento, mas entra em uma fase importante de advocacy. O CEBDS conquistou a confiança dos agentes públicos pela capacidade de articulação multissetorial, sendo requisitado para levar essa visão na formulação de políticas públicas para o setor de transporte.

    Participação de líderes do setor reforça compromisso com a sustentabilidade

    O painel mediado por Ana Patrizia, diretora-presidente da ANPTrilhos, contou com a participação de Fábio Guido, superintendente de Sustentabilidade do Itaú, e Bruno Temer, gerente de Sustentabilidade para a América do Sul na Michelin. A presença desses líderes reforça o compromisso do setor de transporte com a sustentabilidade e a redução das emissões.

    Conclusão: transporte brasileiro caminha para a descarbonização com ações integradas

    O setor de transporte brasileiro demonstra avanços significativos rumo à descarbonização, por meio da Coalizão pela Descarbonização dos Transportes e seu plano estratégico com 90 ações integradas. A combinação de políticas públicas, renovação da frota, uso ampliado de biocombustíveis e eletrificação da frota mostra o caminho para reduzir até 70% das emissões até 2050. A articulação entre empresas, governo e sociedade civil fortalece o desenvolvimento de soluções sustentáveis para o transporte, garantindo um futuro mais limpo e eficiente para o país.

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