A Prefeitura de São Paulo autorizou o início do processo licitatório para contratar o projeto básico e o estudo de impacto ambiental do futuro Boulevard Marquês de São Vicente. A iniciativa, conduzida pela SP Urbanismo e pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento, é parte estratégica da transformação urbana da cidade, conectando o centro expandido à Zona Leste por meio de soluções sustentáveis, com foco em mobilidade ativa, transporte público e ampliação de áreas verdes.
Com 6,9 km de extensão, o Boulevard Marquês será uma via arborizada, com ciclovias, parque linear, calçadas-parque e canteiros ajardinados. A proposta faz parte do Programa de Metas 2025-2028 e se integra a outras ações importantes de requalificação urbana. Entre elas estão a AIU do Setor Central, o VLT Bonde São Paulo, o Requalifica Centro e a requalificação do Parque Dom Pedro II.
Boulevard Marquês valoriza mobilidade ativa e o espaço urbano
As equipes implantarão o projeto ao longo de toda a Avenida Marquês de São Vicente, entre a Avenida Sérgio Tomás (Barra Funda) e a Avenida Salim Farah Maluf (Tatuapé), formando um corredor verde paralelo à Marginal Tietê. Ao todo, serão 12 km de ciclovias, 69,7 mil m² de novas calçadas e 90 mil m² de parque linear. A iniciativa transformará uma área árida em espaço de convivência, acessibilidade e lazer.
Além da vegetação e estrutura cicloviária, o projeto contempla duas faixas por sentido para veículos. Também inclui uma faixa exclusiva para o transporte coletivo e uma faixa azul para motos. As equipes implantarão as ciclovias de forma segura, aproveitando o canteiro central nos trechos mais largos e posicionando-as junto às calçadas nos mais estreitos.
Integração urbana, transporte e qualidade de vida
O Boulevard Marquês de São Vicente será conectado ao entorno, facilitando o acesso ao Instituto Federal de São Paulo (IFSP), ao Estádio do Canindé e à futura Estação Catumbi da Linha 19-Celeste do Metrô. Haverá ainda transposições viárias nas avenidas Tiradentes, do Estado e Salim Farah Maluf, promovendo integração multimodal e fluidez ao tráfego.
Com a consolidação desse projeto, a cidade abre caminho para uma possível desativação do Elevado João Goulart (Minhocão) até 2029. Essa medida está prevista no Plano Diretor Estratégico (PDE). A proposta posiciona o boulevard como vetor de adensamento e requalificação urbana. Ao mesmo tempo, reforça o compromisso de São Paulo com o transporte sustentável e o bem-estar da população.