Justiça de São Paulo concede liberdade a dirigentes da Transwolff investigados por ligação com o PCC

Nesta terça-feira, a Justiça de São Paulo concedeu liberdade a dois dirigentes da Transwolff, empresa de ônibus que presta serviços à Prefeitura de São Paulo e é alvo de investigações por sua suposta ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação foi confirmada pelo promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) anunciou que recorrerá da decisão.

Os dois dirigentes, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como “Pandora”, e Robson Flares Lopes Pontes, enfrentam acusações de lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e apropriação indébita. Em abril, ambos foram detidos durante a Operação Fim da Linha, desencadeada pelo MP-SP. Além de Pandora e Robson, o Tribunal de Justiça tornou outros oito dirigentes da empresa réus.

A defesa de Pandora havia afirmado anteriormente que seu cliente não possui qualquer vínculo com organizações criminosas e que todos os recursos utilizados na empresa foram devidamente declarados ao Banco Central.

A investigação do MP concentra-se na Transwolff, que atua na Zona Sul de São Paulo, e na UPBus, que opera na Zona Leste. Segundo o Gaeco, as empresas receberam mais de R$ 5,3 bilhões da prefeitura desde 2015, ano da assinatura dos primeiros contratos de concessão com a SPTrans. A operação conjunta envolvendo MP, Polícia Militar, Receita Federal e Cade resultou em 52 mandados de busca e apreensão. Nas buscas, foram encontradas armas de fogo, dinheiro e joias na residência do proprietário da Transwolff.

Até o momento, dez dirigentes da Transwolff e 19 da UPBus foram formalmente acusados.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) não emitiu comentários até o fechamento desta reportagem.

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