Passageiras do Metrô-DF têm relatado um aumento na presença de homens nos vagões destinados exclusivamente a mulheres e pessoas com deficiência (PCDs), desrespeitando uma lei distrital vigente desde 2012. A norma determina que o primeiro carro do modal deve ser reservado para esses grupos durante os horários de pico da manhã e da tarde, visando garantir mais conforto e segurança.
No entanto, problemas na sinalização das estações, falta de fiscalização adequada e a falta de conhecimento por parte dos passageiros têm contribuído para a violação da regra. Placas quebradas, ausência de guardas nas plataformas e a falta de conscientização têm sido comuns, segundo relatos de usuárias como Vanessa Ferreira, que utiliza o metrô diariamente e já flagrou diversas irregularidades.
Em situações gravadas por Vanessa, é possível ver homens dentro do vagão exclusivo, muitas vezes alegando desconhecimento da norma ao serem abordados. Outras passageiras, como Leticia Ramos de Souza e Marcele Cardoso, também destacam a falta de sinalização eficiente dentro dos vagões como um problema recorrente.
A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) respondeu às críticas informando que realiza monitoramento frequente e ações de conscientização através de mensagens públicas, tevês nas estações e no site oficial. O Corpo de Segurança Operacional também realiza fiscalizações, mas reconhece que o efetivo não é suficiente para cobrir todos os trens simultaneamente.
Para combater o problema, a empresa pede que os usuários informem irregularidades através de seu canal no WhatsApp, visando uma resposta rápida e ajustes nas estratégias de fiscalização.
O desrespeito à lei e as consequências da falta de fiscalização têm gerado desconforto e insegurança para as passageiras, que dependem do serviço para sua locomoção diária na capital.