O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, recebeu uma indicação do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para integrar o conselho fiscal do Metrô no mês passado, aumentando significativamente seus rendimentos.
Além de sua nomeação recente, desde setembro do ano passado, Derrite também faz parte do conselho da CETESB. Surpreendentemente, seu histórico profissional não possui relação direta com as áreas de atuação dessas estatais.
A remuneração para participar de cada um dos conselhos é de R$ 6.581 por mês. Adicionalmente, Derrite optou por manter seu salário de parlamentar, que totaliza R$ 44 mil (R$ 32.247 líquidos), ao invés de receber o salário de secretário de Segurança Pública, que é de R$ 31.115 brutos. Como capitão da reserva da Polícia Militar, ele ainda recebe mais R$ 9.663.
Com todos esses valores somados, os rendimentos mensais de Derrite no serviço público chegarão a aproximadamente R$ 67 mil (R$ 50.755 líquidos) assim que começar a receber pela participação no conselho do Metrô.
Em resposta às críticas, a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública afirmou que a indicação de Derrite para o cargo no Metrô está em conformidade com as exigências legais. Eles alegam que as nomeações são realizadas de acordo com as deliberações do Conselho de Defesa dos Capitais do Estado e que os conselheiros são eleitos pela assembleia de acionistas, como ocorreu em 29 de abril de 2024, conforme registrado na ata da assembleia disponível no Portal de Relações com Investidores do Metrô.