Nunes publica decreto de intervenção na Transwolff e na UPBus

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, publicou um decreto em edição extra do Diário Oficial da cidade nesta terça-feira, 09 de abril, detalhando a intervenção nas empresas concessionárias de transporte coletivo público de passageiros Transwolff, da Zona Sul, e UPBus, da Zona Leste.

De acordo com o decreto n° 63.328, Valdemar Gomes de Melo, funcionário da SPTrans, foi designado como interventor na empresa Transwolff, enquanto Wagner Chagas Alves, também funcionário da SPTrans, assumirá como interventor na UPBus.

Cada interventor contará com o apoio de um membro da Controladoria Geral do Município e da Procuradoria Geral do Município.

Para garantir o funcionamento adequado da intervenção, os comitês formados poderão ocupar e utilizar os locais, instalações, equipamentos, materiais e pessoal empregados na execução dos contratos, necessários à continuidade do serviço, os quais serão devolvidos posteriormente.

A SPTrans fornecerá todo o suporte necessário para a manutenção diária da operação do serviço de transporte público de passageiros. Além disso, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) estará disponível para auxiliar os comitês de intervenção em ações que se fizerem necessárias.

Essa medida visa assegurar a continuidade e a regularidade dos serviços de transporte público na cidade de São Paulo, enquanto são realizadas as investigações sobre as possíveis irregularidades nas empresas mencionadas.

Confira a publicação oficial na íntegra:

Operação do Ministério Público desmantela esquema criminoso em empresas de ônibus de São Paulo

A operação do Ministério Público de São Paulo realizada nesta terça-feira (9) resultou na prisão de dirigentes das empresas de ônibus Transwolff e UPBus, suspeitos de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma facção criminosa. Até o momento da reportagem, três dirigentes da Transwolff foram presos, enquanto um dirigente da UPBus estava foragido. Um indivíduo não relacionado à operação foi preso por porte ilegal de armas durante as buscas.

Os presos são:

  • Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como “Pandora”, dono da Transwolff.
  • Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da Transwolff.
  • Joelson Santos da Silva, sócio e representante legal de um escritório contabilidade que, segundo o MP, dava suporte ao esquema da Transwolff.
  • Elio Rodrigues dos Santos, preso em flagrante por porte ilegal de arma.

Sílvio Luís Ferreira, sócio da UPBus, está foragido.

A operação também envolveu 52 mandados de busca e apreensão em diversas localidades da capital, Grande São Paulo e interior. Durante as buscas na residência de Luiz Carlos Efigênio Pacheco, foram encontrados armamentos, dinheiro e joias.

A Justiça determinou que a SPTrans, estatal de transporte coletivo da capital, assuma imediatamente a operação das linhas administradas pelas empresas Transwolff e UPBus. Essas empresas transportam aproximadamente 15 milhões de passageiros por mês.

Além das prisões, os bens dos investigados foram bloqueados, no valor máximo de quase R$ 600 milhões. Os dirigentes das empresas devem se afastar de seus cargos, e cinco deles, ligados à UPBus, terão que cumprir medidas cautelares.

A operação envolveu um grande efetivo, incluindo policiais militares, agentes da Receita Federal, membros do Ministério Público e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Deixe um comentário