À 0h06 desta quarta-feira, 20 de março, São Paulo oficialmente se despede do verão, que ficará marcado por altas temperaturas e influência do fenômeno El Niño. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), este verão foi o mais quente dos últimos dez anos, registrando uma média máxima de 30,2ºC.
Os verões de 2014 e 1998 lideram o ranking histórico, com 31,2°C e 30,3°C, respectivamente. A série histórica de dados meteorológicos remonta a 1961.
Este verão foi caracterizado por uma onda de calor persistente, refletida em diversos recordes de temperatura. No dia 29 de dezembro, por exemplo, o Mirante de Santana, zona norte de São Paulo, registrou uma máxima de 34,9ºC, a maior temperatura para dezembro em 25 anos.
Além do calor intenso, o verão também testemunhou eventos climáticos extremos. Em 14 de fevereiro, o Instituto classificou um dia como o de maior volume de chuvas em um período de 24 horas, com 89,6 milímetros de precipitação.
Ao longo do verão, a capital paulista recebeu 761,7 mm de precipitação, ligeiramente abaixo da média sazonal de aproximadamente 800 mm (1991-2020).
Prognóstico para o outono
O Inmet observa que o outono marca a transição entre o clima quente e chuvoso do verão e o período frio e seco do inverno. Em março, as chuvas devem diminuir e se tornar menos frequentes.
A passagem de frentes frias é a principal responsável pela regulação da precipitação nesta época, com eventos de chuva tornando-se mais esporádicos.
À medida que maio se aproxima, massas de ar frio começam a atuar com mais intensidade, resultando em queda nas temperaturas e condições favoráveis para geadas entre maio e junho.
A umidade relativa do ar também diminui durante as tardes, com valores por vezes inferiores a 30%, especialmente no interior paulista. Nevoeiros tornam-se mais frequentes no final do trimestre.
O outono termina em 21 de junho às 17h51min, marcando o início do inverno.