Ruas da Liberdade serão exclusivas para pedestres aos domingos e feriados

A Prefeitura de São Paulo começará no dia 1º de outubro, domingo, a implantação do Programa Ruas Abertas Liberdade no tradicional bairro do Centro da capital. A partir dessa data, quatro vias públicas da região ficarão abertas exclusivamente para a circulação de pedestres das 9h às 20h. São elas: Rua dos Estudantes (entre a Av. da Liberdade e Rua da Glória), Rua dos Aflitos, Rua Américo de Campos (trecho entre a Rua Galvão Bueno e a Rua da Glória) e Rua Galvão Bueno (trecho entre a Rua Américo de Campos e a Praça da Liberdade).

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai monitorar o trânsito para orientar os motoristas com o objetivo de manter as condições de fluidez e preservar a segurança dos usuários das vias. A implantação do projeto tem caráter experimental neste início de operação, podendo passar por ajustes, caso seja necessário.

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O Ruas Abertas Liberdade é uma iniciativa do município que prioriza a qualificação do espaço urbano a partir das necessidades dos pedestres. A intenção é oferecer condições que estimulem a permanência das pessoas, a caminhabilidade e o fortalecimento da região como atrativo turístico e comercial.

O projeto está previsto para ser implementado em duas etapas. A primeira, a ser iniciada em 1º de outubro, consiste na abertura de ruas para pedestres aos domingos e feriados, com apoio da CET para o monitoramento do tráfego de veículos. A segunda etapa, ainda em desenvolvimento, prevê a execução de obras permanentes para ampliar espaços de permanência e lazer, fortalecer o comércio local e reduzir o impacto ambiental.

A iniciativa começou a ser desenvolvida em abril deste ano. Para a definição das ruas participantes, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) realizou estudos para entender as dinâmicas do território, como horários de pico de uso de pedestres e vocação de cada trecho das vias, além de identificar os principais desafios para a implementação do projeto. Também participaram da ação a CET, Subprefeitura da Sé, Adesampa, Secretaria Municipal de Esportes e o comitê Todos Pelo Centro.

Foto: Divulgação/SECOM/Prefeitura de São Paulo

Processo participativo

Antes de ser implantado, o projeto e sua abrangência passaram por um processo participativo de consulta a moradores, comerciantes e visitantes do bairro entre os meses de junho e agosto. Entre 21 de junho e 30 de julho de 2023, a Prefeitura disponibilizou uma consulta pública on-line na plataforma Participe+ para recolher sugestões da população para o projeto. Foram recebidas 4.199 contribuições.

Nos dias 26 de julho e 30 de agosto foram realizadas duas audiências públicas presenciais para ouvir a população e recolher sugestões. Em virtude das solicitações dos munícipes, a Prefeitura alterou, por exemplo, o número de ruas participantes do projeto e também seu horário de funcionamento, chegando à proposta que, agora, começa a ser implementada.

No processo participativo, a Prefeitura constatou que a avaliação média de insatisfação em relação à situação atual dos locais contemplados pelo projeto é de 91,58%. Já a aprovação média da abertura das ruas a pedestres aos domingos e feriados é de 88,35%.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai monitorar o trânsito na região da Liberdade, zona central da cidade, em 1º de outubro, das 9h às 20h, para realização do Ruas Abertas Liberdade.

Interdições

  • Rua dos Estudantes, entre Avenida Liberdade e Rua da Glória;
  • Rua Galvão Bueno, entre Rua Américo de Campos e Praça da Liberdade;
  • Rua dos Aflitos;
  • Rua Américo de Campos, entre as ruas da Glória e Galvão Bueno.

Alternativas

  • Rua dos Estudantes: seguir pela Avenida Liberdade e Rua da Glória;
  • Rua Galvão Bueno: seguir pela Rua Américo de Campos, Avenida Liberdade e Rua da Glória;
  • Rua Américo de Campos: seguir pelas ruas da Glória, Barão de Iguape e Galvão Bueno.

Liberdade

O bairro da Liberdade tem um valor histórico e cultural representativo para a cidade de São Paulo, e o Ruas Abertas Liberdade busca valorizar essa memória. Sua história remonta ao século XVIII, com uma ocupação predominantemente negra e indígena. Ao longo do século XX houve intensa migração da população japonesa, tornando-se a maior concentração de japoneses fora do Japão. Houve, também, migração de chineses e coreanos. Ou seja, o bairro possui grande diversidade cultural, que estabelece forte atrativo turístico e comercial para a região.