Uma pesquisa realizada pelo instituto Datafolha, encomendada pelo iFood e pela Uber, revelou a opinião dos entregadores que trabalham com aplicativos de mobilidade no Brasil. A pesquisa intitulada “Futuro do Trabalho por Aplicativo” ouviu 1.000 entregadores do iFood e 1.800 motoristas da Uber entre janeiro e março de 2023.
Os resultados mostram que a maioria dos entregadores prefere o modelo flexível de trabalho oferecido pelos aplicativos, no qual têm autonomia para escolher horários e recusar viagens, em vez do vínculo empregatício tradicional previsto pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). No entanto, 87% concordam que é necessário garantir mais direitos e benefícios, desde que não comprometam a flexibilidade.
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A pesquisa também revelou que 80% dos entregadores são chefes de família, com idade média de 32 anos e que a renda proveniente desse trabalho é essencial para o sustento de suas famílias. Além disso, 52% dos entrevistados afirmaram ter outra fonte de renda além dos aplicativos de entrega.
Quanto à previdência, 47% dos entrevistados que possuem outra fonte de renda não estão cobertos pela Previdência Social. Entre todos os entregadores pesquisados, 32% não contribuem com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e não possuem plano de previdência privada. No entanto, a maioria (63%) afirmou que contribuiria se a plataforma recolhesse automaticamente o valor devido ao INSS.