A Tembici, líder em tecnologia para micromobilidade na América Latina, divulgou seus resultados financeiros referentes ao ano de 2022, a empresa fechou o último trimestre do ano com EBITDA positivo e recorde em receita de usuário – quem pedala com as bicicletas compartilhadas – que se tornou a maior fonte de renda da empresa, alcançando 48% do total faturado.
“Os resultados sobre a receita de usuários consolidam o ato de compartilhar, que nunca foi tão habitual quanto nos dias de hoje, cada vez mais as pessoas substituem a necessidade de possuir para dar lugar a uma mentalidade focada em utilizar apenas quando necessário. Em 2022, tivemos cerca de 60 milhões de deslocamentos com nossas bicicletas compartilhadas, um aumento de 45%, comparado a 2021, o que confirma a crescente valorização pela comodidade, praticidade e sustentabilidade oferecidas pela nossa solução de micromobilidade”, disse o CEO da Tembici, Tomás Martins.
Outro destaque de 2022 foi a diversificação das fontes de receita. A empresa conseguiu ir além e acessar um negócio com alto potencial, sendo a primeira a gerar créditos de carbono a partir do uso de bicicletas nas cidades. A iniciativa desencadeou a realização do leilão de créditos de micromobilidade, inédito no mundo, realizado em conjunto com a prefeitura do Rio de Janeiro, com potencial 20 vezes maior do que a primeira rodada.
Além da receita de usuários e geração de créditos de carbono, a Tembici conta com lucros relacionados a patrocinadores e painéis de mídias em suas estações. “O equilíbrio entre essas frentes garante a escalabilidade do negócio de forma saudável e sustentável, e como consequência, o EBITDA da Tembici, indicador financeiro que mede ganhos operacionais e funciona como um termômetro da produtividade e eficiência do negócio, fechou o ano positivo”, ressalta o CEO da empresa.
Ainda sobre iniciativas de financiamento inovadoras, no fim de 2022, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou uma operação de R$ 160 milhões para a Tembici, metade do valor vem do Fundo Clima. E no primeiro apoio do banco ao setor de micromobilidade urbana, que inclui transportes de veículos leves, a empresa destinará o valor para aumentar a quantidade de bicicletas nas cidades, além de ampliar investimento em tecnologia e inovações.
O ano também foi marcado por ganhos de importantes licitações e concessões, tanto para novas cidades, quanto para projetos atuais. A Tembici obteve uma nova concessão para operar por mais 15 anos o sistema no Rio de Janeiro, cidade que tem, atualmente, a maior utilização de bicicletas por dia no mundo, e em Porto Alegre, firmou um termo para a expansão do sistema, dobrando o número de bikes e estações da cidade.
A empresa ainda chegou a Bogotá, com patrocínio e parceiros de mídia, firmando-se com um dos maiores projetos de bicicletas compartilhadas da América Latina, sendo o maior de bicicletas elétricas. Com apenas seis meses do lançamento do projeto, a Tembici registrou mais de 400 mil viagens pela cidade, 130% a mais que o previsto.
O iFood Pedal, projeto de ciclologística, que em 2022 foi expandido para mais quatro capitais brasileiras, consolidou-se no mercado. Ao todo, foram mais de 7,5 milhões de entregas realizadas com bicicletas compartilhadas e uma potencial economia de 4,7 mil toneladas de CO², em uma iniciativa importante para as cidades, e para a geração de renda de pessoas entregadoras.
Além disso, a companhia renovou a parceria com o Itaú Unibanco por mais dez anos e anunciou o patrocínio da Claro no projeto de Brasília, demonstrando sólida estrutura na estratégia para o financiamento da mobilidade urbana na América Latina.
Relatório de Impacto ESG 2022
Além do balanço financeiro, a Tembici, que ano passado obteve a certificação B-Corp, tornando-se a maior empresa de bicicletas compartilhadas com este título, apresenta o seu Relatório de Impacto ESG 2022, elaborado com base nas normas da Global Reporting Initiative (GRI), padrão que é referência global na comunicação da sustentabilidade. Para a Tembici, o contexto atual é marcado por uma crise planetária grave e os mais diversos públicos da sociedade ainda não têm ideia de como pequenas mudanças de hábitos do dia a dia podem influenciar na melhoria deste cenário.
O relatório apresenta conteúdo sobre a atuação da Tembici, que visa foco em ESG, excelência operacional, governança e ética, além de refletir o impacto da empresa dentro dos seus temas materiais: sustentabilidade financeira, tecnologia, impactos no clima e meio ambiente, desenvolvimento humano e mobilidade segura e democrática.
Próximos passos da Tembici
Ainda em 2023, a Tembici levará os seus sistemas de bicicletas compartilhadas a três novas capitais brasileiras (Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis), e cada cidade receberá 50 estações e 500 bikes. Além disso, a empresa trabalha na ampliação das operações e pretende colocar mais bicicletas para circular nas cidades onde já há atuação e contratos renovados, devendo fechar o ano com 30 mil bicicletas compartilhadas.
Já o investimento em bicicletas elétricas terá grande protagonismo até o fim de 2023, que deve fechar com 10 mil e-bikes, sendo somente em São Paulo e no Rio de Janeiro mais de 2 mil em cada cidade. Trata-se de um modal que expande a possibilidade de uso diário, uma vez que facilita deslocamentos mais longos e com diferentes relevos, sendo fundamental para o futuro da mobilidade urbana, uma vez que ajuda as cidades a cumprirem seus compromissos sustentáveis.
A empresa também fechou parceria com a Uber, que tem mais de 30 milhões de usuários na América Latina, com a iniciativa, as bicicletas compartilhadas estarão disponíveis no app da Uber, tornando mais fácil do que nunca se movimentar em pequenas distâncias sem carro.
“Seguimos com foco em novas parcerias e frentes de atuação, e à nossa estratégia ESG. Após mapearmos os temas prioritários para o negócio no último ano, vamos evoluir a governança e a gestão desses direcionadores para alavancar os impactos positivos dentro e fora da Tembici”, ressalta o CEO da companhia.