Muito utilizados no setor de carga, os pneus reformados são uma estratégia de economia e sustentabilidade para frotas de caminhões espalhados pelo Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Reforma de Pneus, a modalidade movimenta cerca de R$4 bilhões por ano e coloca 7,6 milhões de pneus reformados nas estradas do país.
Dentre as dúvidas impostas por consumidores estão os cuidados necessários com um pneu reformado, se existem diferenças entre os pneus novos ou os reformados para a sua durabilidade. As especificações para um pneu reformado são as mesmas necessárias aos pneus novos, como a calibragem periódica – sugerindo-se a cada 15 dias com os pneus ainda frios; a verificação e correção da geometria da suspensão do veículo (alinhamento/balanceamento) e evitar buracos ou vias que possam danificar os pneus.
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“O Brasil é o segundo maior mercado mundial de reforma de pneus, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. A modalidade já é tradicional no país, e gera confiança no consumidor através da segurança dos pneus reformados. Cada processo possui um protocolo específico, possibilitando que os cuidados com os reformados sejam os mesmos com um novo pneu”, comenta Giulio Claro, diretor da NSA Pneutec.
Para cada medida ou aplicação de pneus, deve-se seguir a orientação do fabricante, essas orientações constam no flanco do pneu (lateral), e a verificação periódica dos desgastes da banda de rodagem do pneu é uma medida fundamental na vida útil de um produto reformado. Se constatado desgaste irregular, o pneu deverá ser mudado de posição para correção da anomalia. O procedimento de correção deverá ser feito por prestadores de serviços qualificados.
“Os pneus novos e também reformados contam com um limitador de uso da banda de rodagem (TWI). Quando atingido o limite, os pneus deverão ser trocados, sob pena de aplicação de multas. Outras situações a serem observadas são: desgastes irregulares; danos na carcaça do pneu provocados pelas condições da via e falta de manutenção – calibragem, rodízio, e outros”, explica o especialista.
É importante lembrar que a troca por desgaste natural (TWI) deverá analisar a medição das raias do sulco de borracha na banda de rodagem. É a raia que definirá o momento certo para troca. O TWI é uma medida internacionalmente utilizada; sua profundidade é de 1,6mm. Se atingida essa profundidade, o pneu deverá ser substituído para preservar a carcaça e ter uma boa reforma, é sugerido a retirada para reforma com 3,0mm.
“Empresas reformadoras, como a própria NSA Pneutec, trabalham para o desenvolvimento de um produto seguro e confiável para o consumidor. É válido salientar que um pneu reformado, na maioria das vezes, quando reformado por empresas qualificadas, que utilizam produtos renomados, entregam ao cliente final um desempenho superior ao apresentado por um pneu novo; isso se explica pela qualidade da matéria-prima e por processos inovadores aplicados ao pneu”, afirma o diretor da reformadora.
Outro ponto de convergência para a preservação de um pneu reformado é o “serviço pós aquisição”; levando um corpo técnico a visitar a frota adquirente dos pneus reformados; dando diagnósticos e sugestões de melhorias na utilização do produto. No caso de consumidores “pessoa física”, uma ampla rede de lojas e credenciados, com profissionais preparados para orientar colaboram para a preservação de um pneu reformado.
“Um bom atendimento é a chave para a preservação de qualquer tipo de produto vendido, seja pneus, celulares ou máquinas. Todos pneus podem ser reformados inúmeras vezes, vide um pneu de avião que são reformados mais de 10 vezes, levando-se em consideração a operação do cliente e cuidados com os pneus durante sua vida útil. A única restrição que se faz é o uso do pneu reformado no eixo dianteiro (direcional), vetado (transporte de passageiro) por lei a utilização”, finaliza Giulio Claro.