Smart Cities: Qual é o papel do Wi-Fi público na criação de cidades inteligentes?

Quando você ouve Smart Cities, provavelmente, pensa em uma rede de iluminação pública que se desliga automaticamente quando não é necessária. Ou, talvez, você imagine algo ainda mais grandioso: uma rede integrada de veículos autônomos que trabalham em sincronia para criar uma cidade sem engarrafamentos.

Embora estes sejam, definitivamente, os objetivos de alguns engenheiros, isso ainda é uma utopia. Considerando a escala e o custo da tecnologia necessária e contrapondo com o lucro imediato (e às vezes não tão imediato), a maioria das cidades decide viver no aqui e agora e deixar a ideia de “cidade inteligente” para o futuro.

Há, no entanto, uma maneira relativamente fácil de tornar uma cidade mais inteligente. Uma forma que não é tão custosa, mas ao mesmo tempo torna a vida de todos um pouco mais conveniente: WiFi público.

O que é WiFi público para cidades inteligentes?

Tendemos a associar hotspots de WiFi a cafeterias e shopping centers em vez de cidades. De alguma forma, as empresas privadas estão mais propensas a tentar agradar seus visitantes com acesso gratuito à Internet do que as entidades públicas.

E isso é muito ruim, pois o WiFi pode ser disponibilizado tanto em ambientes externos quanto internos e o investimento, se usado corretamente, oferece resultados imediatos. Além disso, não será mais necessário que você oculte seu SSID Wi-Fi nas configurações do roteador em 192.168.0.1 ou 192.168.1.1 para evitar que pessoas desconhecidas tentem acessar sua rede Wi-Fi por segurança.

O WiFi público para cidades inteligentes abre um mundo de possibilidades, tanto para os cidadãos quanto para os gestores públicos.

Uma solução para a exclusão digital

Talvez o benefício mais óbvio de ter Wi-Fi público em uma cidade inteligente seja o fato de que é possível fornecer acesso à Internet para aqueles que, de outra forma, teriam sido excluídos dessa fonte inestimável de conhecimento.

De acordo com a União Internacional de Telecomunicações, a Europa é a região mais conectada em todo o globo com 89% da sua população online. No entanto, hoje, no continente africano apenas 40% da população está conectada.

Fornecer Wi-Fi gratuito em locais como escolas, bibliotecas ou praças pode reduzir bastante a exclusão digital e garantir acesso fácil ao conhecimento não apenas para quem não tem internet, mas também para quem sofre com uma má conexão em suas moradias.

Além da questão social, os hotspots de Wifi públicos, definitivamente, contribuem para a sensação de segurança das pessoas e a eficácia dos serviços de emergência em uma cidade.

Comece com o básico

Sem dúvidas, o WiFi público é o primeiro passo para a criação de cidades mais inteligentes. Não à toa, afinal oferece possibilidades incríveis e traz resultados rápidos e mensuráveis ​​a custos relativamente baixos. Com opções de publicidade disponíveis que podem financiar a implantação, além de subsídios, o WiFi público para cidades inteligentes não precisa ser caro e pode gerar lucro rapidamente, seja na forma de dinheiro, informação ou cidadãos satisfeitos. O design de uma cidade inteligente não precisa parecer com algo tirado diretamente dos Jetsons, e sim, pode começar com algo tão simples quanto Wi-Fi gratuito.