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sábado, maio 18, 2024

32% dos consumidores levam de uma a duas horas por dia em transportes públicos

Segundo dados da Pesquisa de Mobilidade Urbana 2022, conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito em parceria com o Sebrae, 28% dos entrevistados levam de 30 minutos a 1 hora por dia no trânsito e 32% levam de 1 a 2 horas, para ir a lugares como o trabalho, escola, faculdade ou fazer compras. A pesquisa também investigou o tempo gasto nos engarrafamentos: a média é de 64,5 minutos, o equivalente a cerca de 1 hora e 4 minutos do dia. Não somente o levantamento, mas também a dinâmica das cidades nos indica que é preciso mudar a forma como as metrópoles são planejadas e os deslocamentos são feitos.

Nessa linha, surgiu o conceito de Mobility As a Service (MaaS – Mobilidade como Serviço), idealizado por Sampo Hietanen, CEO da MaaS Global, que recentemente adquiriu a startup brasileira de mobilidade urbana, Quicko. Segundo Hietanen, a tendência de comprar veículos é impulsionada pela falsa sensação de liberdade ao consumidor, que deseja se deslocar para onde e quando quiser. No entanto, na prática, a realidade é outra, já que na maior parte do tempo, os carros permanecem parados ou estacionados em garagens. A temática foi discutida no primeiro dia do Parque da Mobilidade Urbana, evento promovido pelo Estadão Mobilidade e pelo Connected Smart Cities, que aconteceu em 23, 24 e 25 de junho no Memorial da América Latina (São Paulo) e traz os principais players do mercado para discutir oportunidades, desafios e tendências do segmento por meio da colaboração entre os setores público-privado.

A Mobilidade como Serviço é centrada no consumidor que vê valor em acessar os diversos serviços de transporte da cidade, públicos e privados de maneira fácil e simplificada. “Através da modalidade, podemos ter, em um único aplicativo, um ecossistema integrado, com metrô, ônibus, bike, carros alugados, corridas compartilhadas, entre outros. Tudo isso é oferecido ao cliente através de um serviço de mensalidade, com descontos e benefícios para quem precisa se deslocar pelas cidades”, explica Hietanen.

“Atualmente, a curva de aumento do número de carros nas ruas é proporcional ao aumento do número de pessoas. Dados apontam que o tráfego nas ruas será responsável por 40% da emissão total de CO2 até 2030 e o trânsito brasileiro já é uma realidade antiga. Então, na MaaS Global, acreditamos que com a oferta correta de serviços, podemos mudar este cenário. Por isso, temos como missão reduzir em até 1 milhão o volume dos carros privados nas ruas a médio prazo”, detalha o CEO. “Estar em uma cidade inteligente envolve ter outras possibilidades aos usuários além do carro, que não devem ser vistos como os vilões, mas devem encontrar o seu lugar na nova era da mobilidade”, conclui.

Com o intuito de fomentar e aprofundar a discussão sobre Mobilidade como Serviço, o evento trouxe um painel intitulado “Como a mobilidade como serviço está avançando no Brasil?”, que contou com a participação de Pedro Somma, atual CSO da MaaS Global e antes CEO da Quicko, ao lado de porta-vozes de empresas como Grupo Indigo, Waze Carpool e Moovit. “Ninguém faz MaaS sozinho, é essencial ter colaboração entre empresas e setores, principalmente o público, abertura de dados do transporte e integração de pagamentos. Ou seja, o compartilhamento precisa virar padrão para que as pessoas queiram utilizar o transporte público: o usuário não precisa ser dono de um carro para ter a cidade para ele”, pontua Somma.

Já Luísa Peixoto, especialista de Políticas Públicas e Mobilidade Urbana da MaaS Global liderou um painel sobre “E se tivéssemos dados abertos dos meios de transporte em todas as cidades brasileiras?”. A porta-voz defende: “ser o elo que vai qualificar o sistema de transporte e conectar às pessoas por meio de facilitação e tecnologia é o propósito da mobilidade como serviço. Para oferecermos um ecossistema integrado, a bilhetagem digital aberta e os dados compartilhados são essenciais para o progresso do setor e satisfação do cliente e isso só é possível se houver colaboração entre os setores público e privado”.

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