Ricardo Nunes suspeita que sindicato tem agido em conluio com empresas na greve de ônibus

Foto: Thiago Brandão

Durante entrevista para o telejornal Bora São Paulo, o prefeito da capital disse que tem desconfiança sobre a greve deflagrada nesta quarta-feira, dia 29 de junho de 2022.

Motoristas, cobradores e demais trabalhadores do transporte público estão em greve nesta quarta. O motivo da greve é pelo pagamento de 100% das horas extras, hora de refeição remunerada e pelo pagamento da PLR.

No dia 14 de junho, após uma greve que durou 15 horas, os trabalhadores conseguiram o aumento nos salários e no tíquete-refeição de 12,47%.

Nas palavras do prefeito, não havia motivo para a categoria cruzar os braços, já que os temas que hoje estão sendo reivindicados, serão discutidos em audiência na Justiça do Trabalho. A audiência está marcada para hoje, às 15h.

O Prefeito suspeita que os patrões estejam por trás dessa greve, para que recebam aumento no valor dos repasses feito pela prefeitura da capital.

O SINDMOTORISTAS tomou a decisão de não cumprir uma decisão judicial, onde deveria ter 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

O prefeito quer saber quem está por trás dessa “coragem” do sindicato em descumprir uma decisão judicial.

Em nota divulgada à imprensa, o SINDMOTORISTAS disse que “diante do pronunciamento, o sindicato da categoria lamenta e repudia tal posição, considerada pela direção da entidade como ‘leviana, covarde, e infeliz’”.

Primeiramente, cabe dizer que o prefeito tem agido covardemente, pois sempre terceiriza a sua responsabilidade em dialogar com o sindicato e reconhecer a essencialidade dos trabalhadores em transportes que estão legitimamente reivindicando os seus direitos. Outros ataques partidos do prefeito são levianos”, afirmou o presidente em exercício da entidade, Valmir Santana da Paz (Sorriso).

Para o presidente licenciado do sindicato, o prefeito de São Paulo se esqueceu do compromisso com a categoria. “Ele se esqueceu daqui que seu comprometeu quando ainda era candidato, quando o sindicato o levava e preparava suas agendas nas garagens para que ele, e o Bruno Covas, se reunissem com os trabalhadores. Além disso, protocolizamos uma pauta de reivindicações na Prefeitura. O prefeito pode ter a memória curta, nós não”, afirmou Noventa.

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