Greve de ônibus em São Paulo nesta terça-feira, dia 14

Uma greve de ônibus atinge a cidade de São Paulo nesta terça-feira, dia 14 de junho de 2022. A greve atinge as linhas de ônibus municipais. Os motoristas e cobradores de ônibus estão em campanha salarial.

A SPTrans informou que obteve decisão liminar na Justiça do Trabalho, no dia 31 de maio, que determinou a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A SPTrans informou que irá solicitar à justiça a cobrança desta multa, além de autuar as empresas pelo não cumprimento das viagens.

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  • A SPTrans solicitou a execução imediata da multa já aplicada à determinação judicial em decisão limite, além da sua majoração na justiça. Também solicita a antecipação do julgamento do dissídio para esta terça-feira, 14 de junho, como tentativa de encerrar a greve o mais breve possível.

    A paralisação afeta 713 linhas e 6,5 mil ônibus, que transportariam 1,5 milhão de passageiros no pico da manhã.

    A partir das 4h, a operação em todas as garagens dos grupos estrutural e de articulação regional foi interrompida. O Grupo Local de Distribuição opera normalmente.

    Medidas operacionais

    No Terminal Campo Limpo, 12 linhas de ônibus estão sendo estendidas até a estação Vila Sônia da Linha 4-Amarela, onde os passageiros podem realizar a integração com o sistema metroferroviário.

    As 11 linhas que vão até o Terminal Vila Nova Cachoeirinha estão levando os passageiros até a estação Barra Funda da Linha 3-Vermelha do Metrô.

    Ônibus estão realizando o transporte de passageiros entre os terminais Varginha e Grajaú, onde é possível fazer a conexão com a Linha 9-Esmeralda de trens metropolitanos.

    Manhã

    Durante a madrugada, 46 linhas do Noturno, de 150, operaram normalmente.

    O Terminal Grajaú, na Zona Sul, foi fechado entre 4h e 4h50 após manifestantes utilizarem dois ônibus para interromper o fluxo de veículos.

    Veja a relação de empresas com a operação paralisada em suas garagens:

    • Santa Brígida (Zona Norte);
    • Gato Preto (Zona Norte);
    • Sambaíba (Zona Norte);
    • Express (Zona Leste);
    • Viação Metrópole (Zona Leste);
    • Ambiental (Zona Leste);
    • Via Sudeste (Zona Sudeste);
    • Campo Belo (Zona Sul);
    • Viação Grajaú (Zona Sul);
    • Gatusa (Zona Sul);
    • KBPX (Zona Sul);
    • MobiBrasil (Zona Sul);
    • Viação Metrópole (Zona Sul);
    • Transppass (Zona Oeste);
    • Gato Preto (Zona Oeste).

    Veja a relação das empresas operando normalmente (Grupo Local de Distribuição):

    • Norte Buss (Zona Norte);
    • Spencer (Zona Norte);
    • Transunião (Zona Leste);
    • UPBUS (Zona Leste);
    • Pêssego (Zona Leste);
    • Allibus (Zona Leste);
    • Transunião (Zona Sudeste);
    • MoveBuss (Zona Leste);
    • A2 Transportes (Zona Sul);
    • Transwolff (Zona Sul);
    • Transcap (Zona Oeste);
    • Alfa Rodobus (Zona Oeste).

    Motivo da greve

    De acordo com o SINDMOTORISTAS, entidade que representa os motoristas, cobradores e demais trabalhadores do transporte coletivo na cidade, não houve acordo na audiência do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) com o sindicato patronal.

    A proposta apresentada na segunda-feira (13/06), foi de que os 12,47% de reajuste salarial e vale-refeição pedido pelos trabalhadores, fosse dado somente em outubro. A categoria rejeitou e quer o reajuste a partir de maio, que é a data-base.

    Além disso, os trabalhadores querem o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), 100% de horas extras, fim das escalas com uma hora para refeição sem remuneração, entre outros.

    Leia abaixo na íntegra a nota do SINDMOTORISTAS sobre a greve:

    “Mesmo após insistentes tentativas de negociação, os rumos da Campanha Salarial dos condutores de São Paulo acabaram no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), resultando na paralisação da categoria a partir das 0h desta terça-feira, dia 14.

    Com data-base em 1º de maio, as negociações salariais dos trabalhadores em transporte rodoviário de São Paulo iniciaram em meados de março. De lá pra cá foram diversas reuniões visando o convencimento do setor patronal em um reajuste salarial de 12,47%, referente ao índice do INPC/IBGE, entre outras reivindicações da categoria como 100% das horas extras, fim da hora de almoço não remunerada e PLR por exemplo, não tiveram avanços, sobretudo no reconhecimento da data-base.

    ‘A princípio o setor patronal insistiu em oferecer apenas 10% de reajuste e ainda de modo parcelado. Agora, ofereceram os 12,47%, mas apenas a partir de outubro, o que é inadmissível’, declarou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz (Sorriso).

    Diante do impasse, foi decido que a categoria irá deflagrar a greve amanhã, dia 14. ‘Sem o merecido reconhecimento, motoristas, cobradores e profissionais da manutenção cruzarão os braços nesta terça’, completou.

    O julgamento do dissídio da greve e econômico ficou agendado para acontecer na quarta-feira, dia 15, às 15h.”

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