Hoje, redes públicas e gratuitas de Wi-Fi são uma tendência generalizada. Cafés, restaurantes, shoppings, livrarias, lanchonetes, aeroportos, rodoviárias, praças e uma infinidade de outros lugares contam com pontos abertos de acesso à internet.
No transporte público (especialmente dos grandes centros urbanos) isto também já é uma tendência. Ainda há desafios imensos para implementar acessibilidade, principalmente em países em desenvolvimento como o Brasil, além de questões de segurança que envolvem estes pontos de conectividade e que precisam ser levadas em conta.
Difusão e popularização do Wi-Fi
Em 2019, havia mais de 362 milhões de pontos (hotspots) de Wi-Fi público ao redor do mundo, o que representava o quádruplo do número de pontos existentes em 2016. O crescimento continua, principalmente com a difusão de recursos de IoT (Internet of Things, ou “Internet das Coisas”).
A difusão da tecnologia Wi-Fi 6, em 2020, também ampliou as expectativas de maior cobertura de conectividade, mais dispositivos conectados simultaneamente e de maiores velocidades, com taxas de até 9.6Gbps (em comparação com a taxa de 3.5Gbps presente no Wi-Fi 5).
Pontos de conectividade em transportes
A expansão da IoT também leva ao desenvolvimento do conceito de cidades inteligentes: grandes metrópoles onde sistemas de transporte, logística, abastecimento, gerenciamento de energia, segurança, controle de tráfego e trânsito e outros sistemas são integrados e administrados de forma digital e informatizada.
De acordo com um estudo da Universidade de Glasgow, a conectividade e o uso de transportes públicos impactam o uso dos modais e o tempo das viagens. Oferecer pontos de conexão Wi-Fi em terminais e nos próprios veículos ajuda a dinamizar as viagens, organizar os horários e informar os usuários sobre viagens, itinerário e outros dados importantes.
Além disso, há uma relação direta entre a conectividade e o uso dos transportes, que se tornam preferenciais para o público na medida em que permitem a navegação na internet e a realização de várias tarefas ainda no transporte, dinamizando a rotina de quem vive nos grandes centros.
Desafios de conexão no Brasil
No Brasil, há planos para ampliar a conectividade, inclusive de pontos de acesso público de Wi-Fi. O programa Wi-Fi Brasil, por exemplo, entregou 14 mil novos pontos de acesso público de internet, integrando nove milhões de pessoas ao mundo digital em três mil cidades – 79% nas regiões Nordeste e Norte.
Estes pontos oferecem conexão grátis e de alta velocidade para as populações beneficiadas. Mais de 10 mil escolas também receberam conexão de alta velocidade, além de 749 unidades de saúde e outros espaços públicos, como modais de transporte público.
Apesar do avanço, o país ainda enfrenta “apagões digitais” e a exclusão de uma parcela considerável da população, que permanece isolada dos meios digitais – o que tem um impacto direto no cotidiano e na própria cidadania.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 40 milhões de brasileiros ainda não possuem acesso à internet, o que significa um número bastante expressivo de excluídos digitais.
Na capital, Brasília, apenas metade dos ônibus possuem pontos de conexão Wi-Fi. As grandes metrópoles ainda possuem muito trabalho para garantir conectividade, inclusive em transportes – e o desafio é ainda maior nas cidades menores.
Prós e contras
Garantir conectividade Wi-Fi em pontos públicos de acesso (inclusive em transportes) é essencial para disseminar a integração e a inserção digital. Mas a tecnologia possui seus prós e contras:
Entre os pontos positivos, podemos citar facilidade e dinamismo, maior cobertura e praticidade. Em relação aos riscos, é preciso levar em conta que Redes Wi-Fi são mais vulneráveis. Redes públicas de Wi-Fi ficam mais expostas a ataques cibernéticos. Muitos pontos de conexão sequer exigem autenticação, como senhas.
Então, a difusão destes pontos exige mais investimento em segurança cibernética e mecanismos de autenticação. Os usuários podem recorrer a ferramentas que ajudam a diminuir estas vulnerabilidades, como antivírus profissionais e aplicativos VPN.
Aplicativos VPN ajudam a criptografar a conexão, diminuindo riscos de ataques, além de viabilizar a proteção do endereço IP dos usuários (e caso você se pergunte “como saber meu IP?”, confira tutoriais que te ajudam a descobrir seu IP).