Se guiar uma motocicleta já exige bastante atenção e condicionamento físico, pilotar em condições de chuva forte requer ainda mais habilidade do motociclista e desempenho do veículo, que precisa estar com a manutenção em ordem. Para ajudar o motociclista a chegar ao seu destino com mais segurança, a NGK – multinacional japonesa especialista em velas e terminais supressivos – listou algumas recomendações.
De acordo com Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK, os principais riscos da pilotagem em dias chuvosos são:
- Falta de visibilidade por parte do motociclista, com o acúmulo de água ou o embaçamento da viseira do capacete, assim como falta de visibilidade dele por parte dos outros veículos e pedestres na via.
- Perda de controle ao passar por filme de água, resíduo de óleo ou tampa metálica, geralmente colocada na via para manutenção, que costuma escorregar bastante quando está molhada.
- Dificuldade de pilotagem em pistas que passaram por processo de recapeamento e fresagem do asfalto antigo, cujas marcas dificultam a pilotagem por “conduzir” o pneu em determinada direção.
- Em pilotagem na estrada, dor no corpo provocada pelo impacto das gotas de chuvas, em razão da velocidade do veículo.
- Aumento da sensação de frio, que pode prejudicar os reflexos do motociclista.
Principais cuidados com a motocicleta
- Mantenha em dia a revisão da moto
De acordo com a NGK, para evitar riscos nos dias de chuva, a manutenção da moto precisa estar em ordem porque o motor fica exposto, em grande parte dos veículos de duas rodas, e sujeito à ação das intempéries. “Nesse contexto, a manutenção deve ser criteriosa e observar a vedação contra a umidade de seus componentes para evitar falhas de funcionamento e quebras mecânicas”, orienta.
No sistema de ignição, é importante avaliar a vedação dos terminais supressivos, conhecidos como cachimbos de vela. Outros itens fundamentais são os pneus e sistemas de freio, iluminação, suspensão e transmissão. “A correta manutenção da moto, que está diretamente ligada à integridade física do motociclista, envolve planos de revisão com prazos menores, na comparação com o carro, e intervalos de troca das peças também reduzidos”, aponta.
- Utilize acessórios que protegem da chuva
O motociclista deve sempre utilizar luvas e levar consigo uma capa de chuva específica para o uso em moto, que apresenta melhor vedação, além de possuir faixas refletivas para sua melhor visibilidade. “Também é importante usar capacete que tenha sistema de ventilação, para evitar o embaçamento durante a chuva, e botas com um solado mais aderente e impermeável”, recomenda.
- Aguarde a chuva “lavar” o asfalto antes de sair com a moto
Se não for possível evitar a pilotagem na chuva, a orientação da NGK é que o motociclista aguarde pelo menos 15 minutos antes de sair com o veículo para que a chuva “lave” o asfalto, retirando a primeira camada de impurezas, que é bastante escorregadia. “Depois desse período, o asfalto está mais limpo e a aderência aumenta, o que diminui os riscos de acidentes”, comenta Mori.
- Tenha cuidados redobrados durante a pilotagem
Durante a chuva, o motociclista também deve adotar cuidados redobrados, como reduzir a velocidade da motocicleta e usar sempre o farol baixo, item que já é obrigatório para o motociclista, mesmo durante o dia, para melhorar a sua visibilidade. “Acelerações e frenagens bruscas também devem ser evitadas, em razão do risco de quedas. Os pneus ainda devem estar em condições apropriadas, pois são os únicos pontos de contato da motocicleta com o solo”, alerta.
- Evite regiões com lama ou tráfego de pesados
Outra recomendação é evitar ao máximo regiões com lama porque nesse tipo de terreno há risco maior de queda por causa do baixo atrito com o solo. “Evite também vias e pistas onde trafegam ônibus e caminhões, pois os veículos pesados costumam ter vazamentos e as pistas podem acumular óleo no asfalto solo”, finaliza Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK.
Sobre a NGK
Fundada em 1936, em Nagoya, no Japão, a NGK é a maior fabricante e especialista mundial em velas de ignição, com forte presença em todos os continentes. No Brasil, a empresa atua há mais de 60 anos, conta com aproximadamente 1.300 funcionários e tem uma fábrica com 625 mil m² em Mogi das Cruzes.
A empresa – detentora das marcas NGK (componentes automotivos) e NTK (sensores e ferramentas de corte) – disponibiliza em seu site dezenas de opções de cursos on-line para mecânicos e aplicadores de produtos. Para mais informações, acesse o site da NGK.