O reaproveitamento de resíduos de construção, o uso do asfalto ecológico, a instalação de jardins de chuva e valas de biorretenção tornam o corredor da Linha Verde, que irá ligar a região sul ao Centro da cidade, a primeira obra viária 100% sustentável de São José dos Campos. É por ela que irão circular os VLPs (Veículos Leves Sobre Pneus) 100% elétricos e não poluentes.
O pavimento das novas vias por onde irão circular os VLPs está sendo executado em concreto, demandando menor manutenção e ainda contribuindo com a redução das ilhas de calor, uma vez que absorvem menos calor que outros pavimentos. E, para deixar a via sem nenhuma ondulação, foi utilizada uma nova metodologia construtiva com o uso de uma máquina especial que deixa o pavimento rígido de concreto mais linear e sem ruídos proporcionando para o passageiro a sensação de estar viajando em um trem.
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Em alguns trechos, os VLPs circularão por vias já existentes, que estão recebendo reforços no pavimento com asfalto ecológico, produzido a partir da utilização de pneus de caminhão sem condições de uso e que poderiam ser descartados no Meio Ambiente. No asfalto-borracha, cerca de 14% do produto é composto de pó de pneu moído.
Além de sustentável, o material oferece maior durabilidade e é cerca de 40% mais resistente do que o asfalto convencional. Enquanto o de borracha dura em média 14 anos, o comum dura dez anos.
Além disso, o insumo possui maior aderência e ajuda a evitar derrapagens, além de reduzir o spray causado pelos pneus em dias de chuvas.
A Linha Verde também terá calçamento permeável de forma a contribuir com a microdrenagem urbana. Parecido com o concreto convencional, o diferencial está na existência de poros em sua superfície, permitindo a absorção e posterior infiltração da água da chuva.
O corredor também contará com ciclovia em toda a sua extensão, reforçando o conceito de mobilidade sustentável e inclusiva.
Iluminação
A Linha Verde será iluminada por 211 postes ornamentais com dois braços, sendo um voltado para a Linha Verde e outro para a ciclovia e passeio, com luminárias e lâmpadas de Led.
A obra receberá também nove Jardins de Chuva nas estações Eldorado, Vale do Sol, Jardim Morumbi, Jardim Oriente, Jardim América e Jardim Oswaldo Cruz. Serão utilizadas espécies como erva de São João, Lírio roxo, Orquídea Bambu, Açucena, Lírio do Brejo e Íris do Brejo.
Também estão previstas três valas de biorretenção, que funcionam como reservatório para o amortecimento da água da chuva, armazenando-a por um determinado período de tempo de modo que possa posteriormente infiltrar ou ser absorvida naturalmente pelo solo.
Elas serão instaladas ao longo da estrada do Imperador, próxima à Estação Terminal Sul e outras duas nas rotatórias do Residencial União. Elas são formadas com camada de brita 1 e envolvidas por geotêxtil e caixa de captação.
A energia que será utilizada na operação da Linha Verde também será gerada de forma sustentável a partir de uma usina fotovoltaica, responsável por transformar a luz solar em energia elétrica limpa.