A importância da existência de ciclovias em metrópoles e centros urbanos

Com o aumento da população humana ano após ano e o consequente aumento de carros nas ruas, cada vez mais é comum ver cenas como engarrafamentos quilométricos, desentendimentos no trânsito e, também, acidentes de trânsito.

Contudo, de acordo também com o aumento da preocupação em relação à saúde, ao sedentarismo e em relação à densidade urbana, cada vez mais projetos para o desenvolvimento de ciclovias e práticas saudáveis têm sido idealizados.

Logo, projetos práticos e pautados em casos específicos ajudam a promover a concepção de novas ciclofaixas e aumentar a mobilidade nos centros urbanos.

Pensando nisso, hoje analisaremos juntos alguns projetos e estudos de caso voltados para a instauração de novas ciclofaixas ao redor de todo o Brasil e também em outros países.

Você pode estar se perguntando o que é um estudo de caso, exatamente. De maneira simplificada, é uma análise sobre algum caso específico que irá resultar no desenvolvimento de um projeto.

De maneira simples, o estudo de caso é a análise de casos passados para o desenvolvimento de alternativas e soluções para possíveis problemas. No caso de hoje, iremos discutir um pouco mais sobre projetos de instauração de ciclofaixas em grandes metrópoles.

Exemplo de estudos de caso na área

Foto: Divulgação

Para analisarmos a relação entre os estudos de caso e o desenvolvimento de projetos que visam trazer soluções, é possível observarmos a falta de ciclofaixas e mobilidade em diferentes zonas de São Paulo.

Lembrando que, com a chegada dos vestibulares ao final do ano, o fluxo de alunos, pais e professores para outras zonas da cidade é acentuado, visto que a realização da prova é muitas vezes em um local distante da escola em questão.

Neste contexto, foi publicado estudo na Folha de São Paulo que mostra que a existência de ciclovias em determinadas regiões escancara, mais uma vez, a desigualdade em diferentes regiões da metrópole.

Esta constatação pode ser observada na existência de mais de 650 quilômetros de ciclovias em toda a cidade e na ausência de quaisquer uma destas vias em bairros carentes, como Guaianases, que fica situado na Zona Leste de São Paulo.

Logo, o estudo deste caso possibilita o surgimento de novas políticas que visam solucionar o caos urbano em zonas carentes do país e também o caos presente nas rodovias brasileiras.

Projeto de ciclovias em estradas federais

De acordo com projeto de lei publicado no Senado na manhã desta terça-feira, dia 14 de setembro de 2021, de autoria da senadora Nilda Gondim, do MDB – PB, a responsabilidade de instauração de ciclovias em rodovias federais ficaria a cargo da União, como um todo.

Este projeto, caso acatado, é essencial para o desenvolvimento de ciclofaixas em estradas com altos índices de ciclistas e também em zonas carentes, já que muitas vezes rodovias acabam se situando de maneira paralela a bairros e comunidades desfavorecidas.

Grande exemplo disso é visto nos bairros Jardim Aeroporto e Jardim Manoel Penna, em Ribeirão Preto. Ambos os bairros possuem uma rodovia próxima que, com a presença de ciclovias, poderia atender à população carente e à ciclistas que usam de rodovias.

Logo, o aumento na instauração de ciclovias, a promoção de ciclofaixas e a conscientização da importância de se praticar esportes e de preservar o meio ambiente são medidas essenciais para reverter este quadro.

Aquecimento global e o aumento no uso de bicicletas

Foto: Divulgação

Além da questão de desorganização e caos urbano, os automóveis representam atualmente um grande vilão no que diz respeito ao efeito estufa e ao aquecimento global descontrolado, de modo que cientistas atualmente já alertam para crises climáticas e recomendam o uso de bicicletas, patins, patinetes, skates e afins.

Este cenário faz com que inúmeros países ao longo do mundo repensem seus níveis de emissão de carbono e tomem ações que visam frear o aquecimento global.

Grande exemplo disso é a adoção de bicicletas e outros transportes sustentáveis em diversos países, como por exemplo:

  • Dinamarca
  • Holanda
  • Alemanha
  • Cingapura
  • Reino Unido

Dentre estes países, a Dinamarca é o que mais apresenta ciclistas e aposta na adoção de transportes sustentáveis. Lá, 9 a cada 10 dinamarqueses possuem uma bicicleta em casa e rodam praticamente 2 quilômetros diários sobre duas rodas.

Isso ocorre pois, na década de 1970, o país enfrentou uma severa crise econômica oriunda do petróleo, que fez com que o governo do país incentivasse o uso de bicicletas por toda a população.

Além disso, o governo do país tem como meta zerar a emissão de CO2 oriundo dos automóveis até o ano de 2025.

E aí, estes estudos de caso e projetos sociais te deixaram com vontade de comprar uma bicicleta? Não perca tempo e comece este hábito saudável para você e para o ambiente.