A forte queda no número de passageiros transportados nos trens do Metrô e da CPTM por causa do isolamento social imposto pelo Governo do Estado de São Paulo deve levar a uma perda de R$ 800 milhões na receita do sistema de transporte sobre trilhos. Em 2019, a receita tarifária no sistema foi de cerca de R$ 4,5 bilhões, de acordo com os demonstrativos financeiros de ambas as companhias.
Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, no início desta semana, a queda no número de passageiros que utilizam o Metrô chegou a 80% e, na CPTM, chegou a 76%. Esses índices já foram maiores.
Logo depois do Governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo anunciarem as medidas de isolamento social, o recuo no número de passageiros chegou a 85% no Metrô e 83% na CPTM. Na EMTU, a queda chegou a 80% e, agora, está em 73%.
O secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, disse ao jornal Valor Econômico que, no sistema sobre trilhos, apesar do recuo expressivo no número de passageiros, em torno de 75% da frota tem sido mantida em operação para evitar aglomerações.
Segundo o secretário, o movimento nas estações tem sido avaliado diariamente e por faixa de horários para evitar focos de aglomeração. Desde o início das medidas de isolamento, houve casos pontuais, que foram rapidamente resolvidos, afirmou.
Plano de contingenciamento
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos elaborou um plano de contingenciamento, adotado em 24 de março, em que acessos secundários das estações foram fechados diante da redução do número de passageiros e também de funcionários, os que estão no grupo de risco do coronavírus foram afastados temporariamente.
Num dia de semana normal, o Metrô recebe 5,5 milhões de passageiros, a CPTM, 3 milhões de passageiros, e a EMTU, dois milhões de passageiros.