O futuro é incerto em diferentes aspectos, a mobilidade é um ponto chave que já está mudando por meio do comportamento das pessoas e que irá passar por mais transformações apoiada pela tecnologia.
O Cobli Labs 2.0 trouxe referências do mercado como, por exemplo, o fundador da Scambo Consultoria e professor da Fundação Getúlio Vargas, a CMO da Grow, o co-fundador da Rappi, a CEO e fundadora da MoObie, e o CEO da BBM Logística, para abrir uma discussão em torno do que já tem sido feito, quais as melhores estratégias a serem aplicadas na logística para as pessoas e as empresas.
Para abrir o dia com os palestrantes, Renato Sabato, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Cobli, falou sobre a conectividade. “Na América Latina temos 30 milhões de veículos e apenas 4% deles estão online, ou seja, podem ser visualizados, rastreados e ter controle da eficiência, contra 50% dos EUA. Aqui há muito para ser feito para tornar a logística mais conectada e eficiente.”
Na sequência, Paulo Fernandes de Oliveira, fundador da Scambo Consultoria e professor da Fundação Getúlio Vargas, trouxe perspectivas e estudos que mostram que é preciso estudar a empresa a fundo para trazer melhores resultados.
“Existem pesquisas que mostram que ter um ponto de carga e descarga livre em uma via, por exemplo, garantem a redução de 40% no tempo de rota em entregas, e que apostar na multimobilidade com o crowdshipping reduz 10% de custo e 25% de quilômetros rodados. Tem muito sendo feito em formato piloto e pouco acontecendo na realidade, falta dado e confiança para montar a solução ótima para cada negócio.”

“O comportamento das pessoas também faz com que a maneira de se mover mude, foi o que aconteceu com o Uber, Lime e o Lyft no Brasil e no mundo. Apostamos na micromobilidade por acreditar que essa mudança de paradigmas é palpável e com o tempo irá alterar a cultura. Em menos de um ano, conquistamos mais de mil pontos parceiros e quase 10 milhões de viagens de patinete”, conta Paula Nader, CMO da Grow, resultado da fusão das empresas Grin e Yellow.

Já Andres Bilbao, co-fundador da Rappi, acredita que mobilidade é não precisar sair de casa para ter as coisas que precisa. “A empresa cresce exponencialmente pelas parcerias e pela quantidade de serviços oferecidos. A pessoa pode pedir qualquer coisa literalmente, pois apostamos no super app que permite receber tudo o que se imagina sem a necessidade de se locomover para isso e perder tempo com trânsito, transporte e tudo que envolve essa logística.”
A fundadora da MoObie, Tamy Lin, aposta na utilização de veículos ociosos para prover mais mobilidade. “A plataforma é uma das maiores do mundo nesse modelo de pessoa para pessoa e queremos utilizar os mais de 50 milhões de carros particulares parados por mais de 90% do tempo no Brasil para que gere renda, compartilhamento e mais facilidade no dia a dia.”
Na visão do CEO da BBM Logística, André Prado, as decisões precisam ficar pela responsabilidade das máquinas enquanto os humanos devem apostar no relacionamento comercial. “As pessoas decidem mal, a tecnologia é mais precisa quando se trata de resultados e guiar o setor por meio de dados e não de opiniões é essencial. O futuro é o serviço, e a logística precisa estar bem organizada, estruturada e alinhada para atender essa demanda.”
Para fechar a manhã de debates, o diretor de vendas da Cobli, Renan Nakane, intermediou a conversa entre Fábio Pordeus, gerente de unidade da Vivante, e Gabriela Ramos, coordenadora de logística da GaBmed, que falaram sobre como a conectividade do dispositivo da Cobli tem auxiliado e apresentado resultados positivos nas frotas e na logística interna.
“Conseguimos aumentar 30% da produtividade de entrega e o gasto de combustível melhorou por quilômetro rodado também. Além disso, utilizamos o link de rastreamento para a equipe interna para poderem visualizar a chegada de insumos para a produção da fábrica e estarem a postos para receber”, conta a executiva da GaBmed.
Para Fábo Pordeus, a melhora foi além do atendimento e atingiu até os colaboradores. “Os técnicos precisavam se deslocar para a central e sair com os veículos para os lugares de manutenção, isso atrasava o cronograma, gerava reclamação dos clientes e desgaste de transporte da equipe até o trabalho e no retorno. Com o controle e visibilidade o que a plataforma da Cobli fornece, mudamos as políticas da empresa e os funcionários passaram a ir com os carros para casa e, com isso, chegam aos locais planejados mais cedo. Isso trouxe eficiência, redução no custo interno com deslocamento e qualidade de vida para o time.”
O Cobli Labs 2.0 é a segunda edição do evento e foi realizado na Digital House, em São Paulo. Essa é uma iniciativa da Cobli, startup de tecnologia que utiliza ciência de dados para gestão de frotas, para fomentar o debate em torno da logística e mobilidade.
“Dessas discussões, podemos criar novos meios de melhorar o trânsito, as estratégias das empresas que enfrentam problemas diários nas ruas, avenidas e rodovias do país, além de trazer insights para novos negócios que facilitem a locomoção do cidadão”, finaliza Rodrigo Mourad, diretor executivo da startup.
Sobre a Cobli
A Cobli acredita que a logística será conectada no futuro. Isso significa que gestores de frotas não mais terão que tomar decisões sem informações e via rádio e telefone.
Para isso, a Cobli está conectando as frotas do Brasil (e outros países Latam) via Internet das Coisas e criando uma plataforma de inteligência de frotas para garantir que qualquer coisa chegue aonde precisa mais rápido.
A companhia, que atende mais de 150 tipos de indústrias e serviços e milhares de clientes em todo Brasil e no exterior, acredita que os dados irão guiar as empresas mais eficientes para os clientes mais exigentes.
Por isso, sua tecnologia garante que seus clientes, aumentem a visibilidade interna e externa de suas operações, atendam a chamados, serviços e entregas rapidamente, otimizem rotas, reduzam custos logísticos e cheguem sempre na hora.