Os ministros Bruno Araújo, das Cidades, e Antônio Imbassahy, da Secretaria de Governo da Presidência da República, assinaram na tarde desta sexta-feira (31/03), a autorização para Início de Objeto do BRT (Bus Rapid Transit) da cidade de Campinas, no interior paulista. A a autorização para Início de Objeto é o documento que permite a elaboração dos projetos executivos e construção das obras dos três corredores BRT no município: Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral.
Com o documento, o prefeito Jonas Donizette pode emitir a Ordem de Serviço para que as empresas vencedoras do processo licitatório do BRT iniciem os trabalhos. A liberação de verbas do Governo Federal é da ordem de R$ 100 milhões.
Participe dos canais do Mobilidade Sampa: X (antigo Twitter), Facebook, Instagram, Threads, Bluesky, YouTube, LinkedIn ou canais no WhatsApp e Telegram
“Este é o maior projeto de mobilidade urbana autorizado pelo presidente Michel Temer até aqui. Algo fundamental para o incremento dos empreendimentos de um setor que carece de uma maior otimização. Quem ganha é o cidadão que, diariamente, enfrenta um trânsito caótico nas metrópoles”, ressaltou o ministro Bruno Araújo.
Os futuros corredores irão atender cerca de 450 mil pessoas que residem nas duas regiões. O custo do empreendimento é de R$ 451,5 milhões e o tempo total estimado de obras é de 36 meses. A média de ganho de tempo de deslocamento com os corredores BRT será da ordem de 20%. Ou seja, uma viagem que hoje é feita em 60 minutos, futuramente levará 48 minutos.
“Na nossa licitação do BRT, nós conseguimos economizar R$ 100 milhões de reais dos cofres públicos, dinheiro que será investido em obras na Saúde para a nossa população. Campinas está inovando e inovar não é somente a parte tecnológica, inovar é fazer diferente para trazer resultados melhores para a cidade”, destacou o prefeito Jonas Donizette.
O evento, na Sala Azul do Paço Municipal, também contou com a presença do vice-governador Márcio França, representado o governador Geraldo Alckmin; dos deputados federais Carlos Sampaio e Luiz Lauro Filho; do vice-prefeito, Henrique Magalhães Teixeira; do presidente da Câmara, Rafael Zimbaldi; do prefeito de Artur Nogueira, Ivan Vicensotti; da diretora executiva da Agemcamp, Ester Viana; de secretários municipais, vereadores, representantes da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, de empresas vencedoras da licitação e da BYD, além da imprensa.
“São Paulo fica contente quando o recurso chega ao estado. Vamos saudar o início do fim da crise, com o repasse de recursos espontâneos”, destacou o vice-governador Márcio França. Já o deputado Carlos Sampaio afirmou que este “é um dos momentos mais importantes da vida política como parlamentar por Campinas. Essa é uma obra que irá mexer com a história da cidade”.
O ministro das Cidades também liberou para o município recurso de R$ 1,2 milhão, oriundo do Orçamento Geral da União, que será utilizado para a elaboração de estudo de modais de transporte público que possibilitem a ligação do Centro ao Aeroporto Internacional de Viracopos. O estudo irá identificar a possibilidade da implantação de um transporte ferroviário, Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ou Monotrilho, na região.
Dados gerais
A elaboração dos projetos executivos e a realização das obras dos três corredores BRT foram divididas em quatro lotes. A execução dos projetos executivos deve determinar como será o início das obras. “Nossa intenção é realizar, em paralelo, a elaboração dos projetos e execução das obras. Após cerca de três meses de projeto começam as obras. Uma ação bastante trabalhosa, ousada e inovadora, que estamos nos preparando para colocar em prática”, revela o secretário de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas, Carlos José Barreiro.
A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) também prepara ações operacionais de trânsito e transporte, que serão realizadas no decorrer das obras, para minimizar os impactos viários. As ações serão devidamente informadas a toda população, antes do início das intervenções.
Confira os lotes
Lote 1: trecho 1 do Corredor Campo Grande, que compreende a ligação da região central até a Vila Aurocan, com extensão de 4,3 km. Mais o corredor perimetral, com 4,1 km. Responsável: Consórcio Corredor BRT Campinas (Arvek; D. P. Barros; Trail; Enpavi; Pentágono). Valor total do lote: R$ 88,9 milhões.
Lote 2: trechos 2, 3 e 4 do Corredor Campo Grande. Esses trechos contemplam a ligação da Vila Aurocan até o Terminal Itajaí, totalizando 13,6 km. O trecho 2 é da Vila Aurocan até a ponte sobre a Rodovia dos Bandeirantes, com 5 km. O trecho 3 compreende a ponte da Rodovia dos Bandeirantes até o Terminal Campo Grande, totalizando 6,4 km. E o trecho 4, do Terminal Campo Grande até o Terminal Itajaí, totalizando 2,2 km. Responsável: Empresa Construcap – CCPS Engenharia e Comércio. Valor total do lote: R$ 191,1 milhões.