Cerca de 25 mil passageiros foram afetados na manhã e início da tarde desta quarta-feira (15) por uma paralisação de três empresas de ônibus que atendem a região do ABC paulista. Os funcionários de todas as empresas envolvidas no ato protestam contra o não pagamento do último salário. “As empresas serão autuadas pela EMTU por cada partida não realizada”, diz a EMTU. Ficaram paralisadas até por volta das 16h as viações Riacho Grande, Triângulo e Imigrantes, que operam 12 linhas.
Em Mauá, a paralisação continua nas viações EAOSA e Ribeirão Pires, que operam 14 linhas e afeta cerca de 20 mil passageiros. Essas empresas pertencem ao mesmo proprietário, o empresário José Baltazar de Souza e tem uma frota de cerca de 100 ônibus. As viações EAOSA e Ribeirão Pires estão sem circular desde sexta-feira (11).
O diretor do Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC (Sintetra) Erivan Vicente de Moura disse em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo que os trabalhadores estão sem receber desde o dia 5 deste mês. “Esse ano já é a quinta ou sexta paralisação por falta de pagamento”, disse.
Os funcionários dessas viações fazem greve com frequência por causa de atraso nos pagamentos. A última ocorreu no mês passado. A viação EAOSA reconhece os frequentes atrasos nos salários, mas reclama de falta de repasse de subsídio referente à gratuidade para estudantes e idosos por parte da EMTU. A EMTU afirma que os pagamentos estão em dia.
A EMTU diz que os passageiros devem utilizar a linha 10-Turquesa da CPTM como alternativa para sair das cidades.
Os usuários também podem utilizar as linhas metropolitanas da empresa Rigras, que cruzam o município de Ribeirão Pires. As linhas são: 041, 117, 165, 165EX1, 165BI1, 215, 336, 215BI1, 374, 381, 381BI1 e 402.
Uma publicação de edital para as empresas de ônibus do ABC está prevista para janeiro, segundo a EMTU.
* Atualizado em 16/11 às 22h05