Veja alguns desafios que João Doria terá ao assumir a Prefeitura de São Paulo

Tarifa de ônibus

João Doria garantiu que não irá reajustar o valor das tarifas das passagens de ônibus e irá manter o preço atual de R$ 3,80.

“Não vamos mexer na tarifa, não há a menor possibilidade de mexer na tarifa. Nós temos que aumentar a eficiência, não é aumentar a tarifa e nem criar impostos, não vamos fazer isso”, disse.

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Na tentativa de solucionar o problema do transporte na capital paulista, João Doria disse que são necessários recursos das três esferas do governo. “Temos que ter ação integrada do governo do estado, prefeitura e também governo federal. Esse problema é difícil de solucionar, porque os investimentos são muito elevados e você tem que investir em infraestrutura”, disse.

João Doria disse que são necessários recursos das três esferas do governo para solucionar o problema do transporte na capital paulista. “Temos que ter ação integrada do governo do estado, prefeitura e também governo federal. Esse problema é difícil de solucionar, porque os investimentos são muito elevados e você tem que investir em infraestrutura”, disse.

Licitação dos ônibus

“É um tema que nós vamos olhar profundamente. Houve um acerto do prefeito Fernando Haddad de não levar adiante essa renovação agora. Vamos avaliar em que forma e por quanto tempo”, disse.

O atual contrato com as empresas de ônibus venceu em 2013, e o prefeito Fernando Haddad vem renovando o acordo com as empresas prestadoras desde então. Uma nova contratação foi suspensa inicialmente em razão dos protestos de junho de 2013 contra o aumento da tarifa, e depois para a realização de uma auditoria nas contas do sistema de ônibus.

A licitação só foi lançada em 2015, mas logo suspensa pelo Tribunal de Contas do Município, que apontou irregularidades no edital. Liberado em julho, o processo poderá agora ser retomado.

João Doria deverá lançar um novo edital para adaptar a rede de transporte às suas promessas de campanha, como, por exemplo, a presença apenas de ônibus articulados nos corredores.

Poderá ainda revisar itens do edital lançado por Fernando Haddad e que geraram polêmica, como o tempo de validade do contrato, de 20 anos, renováveis por outros 20. O atual contrato não poderá mais ser renovado a partir de 2019.

Aumento de velocidade nas marginais

João Doria disse que irá aumentar a velocidade das marginais Tietê e Pinheiros em sua primeira semana de governo. “Na semana seguinte muda (velocidade das marginais). Só não muda no dia seguinte porque nós precisamos mudar a sinalização conforme determina o Código Nacional de Trânsito. Na pista expressa, o limite voltará a ser de 90 km/h e na central, de 70 km/h. Já na pista local, a mudança será de 50 km/h para 60 km/h”. Durante a campanha, ele afirmou que depois faria um estudo mais detalhado para determinar se haveria mudança na velocidade das demais vias da cidade. Quase todas as grandes avenidas passaram a ter limite de 50 km/h.

Entre os desafios está realizar essa mudança sem piorar a mobilidade na cidade e mantendo as tendências de redução em acidentes e mortes no trânsito. A mudança da velocidade das marginais foi um dos assuntos mais polêmicos e que gerou maior número de críticas ao prefeito Fernando Haddad.

Questionado se não teme que isso possa ocasionar um número maior de mortes em São Paulo, João Doria negou. “Isso é uma falácia. Com sinalização, fiscalização, com campanhas educativas não haverá aumentos, haverá decréscimo de acidentes”, declarou.

Radares e Guarda Civil Metropolitana

João Doria também disse que manterá todos os radares instalados na cidade, mas que retirará da Guarda Civil Metropolitana a tarefa de multar motoristas.

“Nós não vamos tirar os radares, vamos tirar a Guarda Civil Metropolitana com as pistolinhas que estão na ruas diuturnamente, 14 horas por dia multando a população, em cima de viadutos, de colunas, atrás de árvores, fazendo ‘pegadinha’, quando a Guarda Civil Metropolitana devia estar nas ruas protegendo a população”, afirmou.

O prefeito eleito também informou que manterá as 970 câmeras que fazem vigilância na cidade. “Elas (as câmeras) vão ser utilizadas – nós não vamos deixar de vigiar a cidade, e obviamente de acompanhar a velocidade da cidade. Mas é importante o seguinte: essas câmeras estão conectadas ao Copom (Centro de Operações) da Polícia Militar, que através do sistema detecta, vai colocar essas 970 câmeras para vigiar a cidade, e proteger a população”, explicou.

Inspeção veicular

João Doria também disse que irá retomar a inspeção veicular, mas que ela será gratuita.

Creches nos terminais de ônibus e estações do Metrô

O prefeito eleito disse que pretende criar creches nos terminais de ônibus e nas estações de metrô. “Exatamente isso que nós vamos fazer: criar creches nos terminais de ônibus e também vamos conversar com Governo do Estado para utilizar alguns terminais de metrô, áreas disponíveis em alguns terminais onde algumas creches poderão ser implantadas”, disse.

Segundo João Doria, a ideia é que as creches tenham vaga para entre 60 e 80 crianças nas estações do metrô e de 120 a 150 nos terminais de ônibus. “Com funcionamento em horário estendido também. Não faz sentido as creches funcionarem até cinco horas da tarde”, completou.

João Doria que não pretende construir novas instalações. “Não vamos construir creches, porque é caro e leva tempo. Os processos são lentos para seguir à risca o processo de licitação. Outra alternativa é trabalhar também com as organizações sociais em locais que precisam de poucas reformas, fazer creches para 120, 150 crianças, até esse limite para ter atendimento adequado.”

Aplicativos de Transporte

João Doria afirmou que pretende regulamentar os aplicativos de transporte individual de passageiros, mas não detalhou como isso deverá ocorrer. A gestão Haddad criou um decreto prevendo a regulamentação de aplicativos que se cadastrassem na Prefeitura (o que já foi feito por empresas como Uber, Easy Taxi e Cabify) e determinou que o número de veículos rodando seria o equivalente ao que percorrem por mês 5 mil táxis. A ideia seria não oferecer uma concorrência predatória aos cerca de 37 mil taxistas da cidade.

João Doria deverá decidir se vai manter o modelo adotado pela Prefeitura de São Paulo e se manterá também essa quota de quilômetros rodados. A nova gestão também vai decidir se mantém na Justiça a batalha com o aplicativo Uber, que obteve em fevereiro uma liminar que impede a administração de impor restrições ao funcionamento do aplicativo na cidade. Isso, na prática, permite à empresa hoje operar com quantos carros quiser.

Obras de drenagem

A Prefeitura tem obras de drenagem já contratadas pela gestão Haddad para os córregos Ipiranga, Paraguai/Éguas, Morro do S, Paciência, Tremembé e Perus. Elas deverão ser concluídas pela gestão João Doria, que deverá ainda fazer outras intervenções para minimizar o impacto das chuvas de verão nas vias da cidade.

Em seu programa de governo, o prefeito eleito previu elaborar planos distritais em consonância com o Plano Metropolitano do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do governo estadual.

Ceagesp

João Doria afirmou que apoia a transferência da Ceagesp para uma área próxima ao Rodoanel por considerar que será possível encontrar um terreno maior que o atual, de 700 mil metros quadrados, e com maiores facilidades logísticas.

Agora, ele deverá decidir se leva adiante a proposta recebida pela atual gestão de construir a nova Ceagesp em Perus. Uma manifestação de interesse privado foi entregue à Prefeitura em julho por um grupo de 25 produtores para transferir a área para Perus, na Zona Norte. No local onde funciona atualmente, na Vila Leopoldina, a intenção é construir um polo tecnológico.

Confira a lista das principais propostas do político para o seu mandato:

Foto: Reprodução/Band Eleições

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