A linha intermunicipal 257 Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) – São Paulo (Metrô Tatuapé), do Consórcio Internorte, gerenciada pela EMTU, foi assaltada quando ia para o Tatuapé, na madrugada desta quinta-feira (6).
Depois de roubarem os 40 passageiros, os dois homens desceram próximo ao acesso da Rodovia Presidente Dutra e foram perseguidos pela polícia. Quando os policiais deram voz de prisão, os homens atiraram contra o carro e houve troca de tiros.
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Os dois criminosos correram para um córrego ao lado da rodovia e um deles foi preso. O outro suspeito conseguiu fugir.
A polícia recuperou os objetos roubados dos passageiros, como dinheiro, celulares, relógios, joias e cartões de créditos.
Esse foi o quinto assalto a essa linha de ônibus em menos de um mês.
Outros assaltos
“Como estava muito trânsito na Rodovia Hélio Smidt, o ônibus ficou parado e nesse momento ele (o assaltante) pediu para que todas as pessoas retirassem os telefones, carteiras e relógios, que fosse feita a recolha. Um deles, armado, na frente do ônibus, gritava se tivesse algum policial a bordo, que iria matar”, relembra o funcionário.
O motorista do coletivo que estava no dia de setembro era o José Carlos dos Santos, que também foi roubado. Ele afirma que houve outro assalto na semana seguinte, também na sexta-feira, e um terceiro roubo ao coletivo, no último domingo.
“Ele levou tudo aqui meu, e levou os passageiros tudo aqui dentro. Mais de 40 boletins de ocorrência foram feitos”, diz o motorista.
Usuários do ônibus relatam que se sentem inseguros durante o percurso e que evitam ficar com celulares e pertences pessoais à mostra.
Boletins de ocorrência
Uma vítima dos roubos, que não quis se identificar, disse que esteve na delegacia de Guarulhos e que não conseguiu registrar o Boletim de Ocorrência. “Eu falei: ‘não, eu não vou esperar que a empresa de ônibus faça o boletim de ocorrência. Eu quero fazer o meu nesse momento. Quero provar que eu estou fazendo isso para que vocês façam algo”, disse.
Na delegacia do Aeroporto de Guarulhos, o delegado negou que houve resistência para registrar a queixa e que há cerca de 10 boletins de ocorrência, referentes a apenas dois casos de roubo, e que não sabia do terceiro assalto, como contaram as vítimas.
“A Polícia Civil está trabalhando para identificar esses ladrões. Era um problema que havia sido sanado, nós estamos no mês de setembro, esse ano foi tranquilo, nos não tivemos esse tipo de crime. Agora existe uma favela do outro lado do córrego que passa ao lado do aeroporto. Tem muitos bandidos que moram naquela região”, afirma o delegado Luiz Alberto Guerra.
“Alguém tem que fazer alguma coisa, porque daqui a pouco a gente está morrendo, porque eles estão vindo armados”, afirma o motorista José Carlos dos Santos.
A Polícia Civil afirmou acreditar que há uma quadrilha agindo na área e disse que reforçou a segurança na região. Com investigação, informou o delegado Guerra, é possível que haja prisões em breve.
* As informações são do portal G1