O primeiro dia de operações do transporte público em Santo André sob gestão da Suzantur, que substitui a Expresso Guarará, em processo de falência, foi marcado por uma série de problemas operacionais e logísticos. Desde as primeiras horas deste sábado, data validada pelo prefeito Carlos Grana para o início do contrato emergencial de 15 linhas de ônibus, que circulam na região da Vila Luzita, os usuários inflamaram reclamações, citando atrasos em itinerários, ausência de bilhetagem eletrônica e confusão com a identificação dos carros – estavam nas cores vermelha e branca e com adesivo da Prefeitura de Mauá, que também opera sistema com a Suzantur.
Na semana passada, a Prefeitura de Santo André oficializou a entrada da Suzantur no município, em contrato emergencial, que se tornou alvo de questionamento da Justiça. Juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Santo André, Genilson Rodrigues Carneiro acatou denúncias do advogado, Fernando Marangoni, de possíveis fraudes na elaboração do acordo. A empresa é investigada em outros dois acordos, também por possíveis irregularidades – em Mauá, do prefeito Donisete Braga e em São Carlos, no Interior, onde assumiu o sistema de transporte público neste ano.
A equipe de reportagem do jornal Diário do Grande ABC acompanhou o primeiro dia de trabalho da Suzantur e, de imediato, por volta das 4h, flagrou que muitos veículos estavam estacionados na garagem da empresa em Mauá, localizado na Avenida Eugênio Negri, no Jardim Zaíra. O veículo, nº 1.115, deixou as dependências da cidade mauaense com o sistema de itinerário apagado, sendo flagrado momentos depois no Terminal da Vila Luzita.
Responsável pela SA Trans, coronel Fábio Leite acompanhou de perto o primeiro dia de operações e buscou justificar as reclamações apresentadas. “De segunda-feira para hoje, a empresa tinha de preparar 71 carros para o começo do trabalho. Pouco tempo. Então aceita-se o carro mesmo ainda não tendo identidade visual. O importante é ter condições mecânicas para transportar a população. Está no contrato o prazo de 30 dias para essa adequação no modelo. A parte boa é que são os mesmos funcionários (da Expresso Guarará) que já conhecem a linha”, esclareceu.
Em relação a bilhetagem, falou em questões pontuais. “Há o funcionamento em alguns e em outros não. Cabe monitoramento e controle junto a empresa. Precisa ter uma solução, porque o usuário não pode ser prejudicado”, adicionou.
Sobre o estacionamento dos carros, o coronel explicou que Terminal da Vila Luzita e um terreno na Avenida Dom Pedro I estão sendo utilizados, porém evitou avaliar procedimento. “Isso (se garante a segurança dos veículos) precisa ser verificado com a empresa”, argumentou.
* Com informações do Diário do Grande ABC