O número de denúncias contra o comércio ilegal nos trens da CPTM cresceu 170% e as apreensões cresceram 12% entre 2015 e 2016.
Para entrar nos vagões, os vendedores se fingem de passageiros comuns. Se não houver segurança por perto, eles iniciam a venda de alimentos e até acessórios eletrônicos, como pen drive e cabos USB.
Um vídeo feito por um ambulante mostra a abordagem dos seguranças da CPTM. O ambulante não aceita ser preso e reage com chutes e socos contra os seguranças.
Em outra gravação, os seguranças e um ambulante caem nos trilhos em meio a agressões. Os passageiros que aguardam na plataforma se assustam e protestam contra a violência praticada pelos agentes.
Um ambulante disse que muitas vezes os vendedores são levados para uma sala onde sofrem abuso de poder.
Apesar dos riscos, os vendedores se dizem acostumados e justificam que se tornou um trabalho.
No sábado (15), a busca pelo sustento quase terminou em morte. Um guarda ferroviário atirou na perna de um homem que vendia bilhete de forma ilegal na região da Estação Mauá da Linha 10-Turquesa. O homem alega que vendia chocolate na porta da estação com o filho.
“Infelizmente, as pessoas que praticam comércio irregular têm usado a estratégia do enfrentamento e o desrespeito ao agente de segurança. Isso acaba gerando uma situação de conflito”, acredita Sergio de Carvalho, gerente de relacionamento da CPTM.
* Com informações do portal G1