Cuidado com os anúncios de carro em que prometem vantagens demais

A recessão está instalada no mercado nacional e a previsão de vendas para 2016 é de 2,1 milhões no geral, muito abaixo dos 3,8 milhões de 2012, quando o Brasil prometia ser o novo paraíso automotivo.

Com as vendas em baixa, anúncios em jornais prometendo carros com muitas facilidades e vantagens são tentadores para muita gente, mas a recomendação é tomar cuidado para não entrar em uma cilada.

As propostas, muitas vezes imperdíveis, nem sempre cumprem o que promete e em muitos casos, o carro simplesmente não existe. A isca pode aparecer mesmo em concessionárias, onde o consumidor pode se sentir mais seguro e certo de que vai fechar o bom negócio.

Relatos falam que quando se chega ao show room, o vendedor logo diz que o carro foi vendido, devido ao anúncio repercutir rápido, e que a previsão para outra unidade semelhante varia de 60 a 90 dias. Como “alternativa”, o atendente empurra uma versão com mais itens por uma “pequena” diferença.

Mesmo ligando para a revenda do anúncio, muitas vezes a resposta para pronta-entrega é sim, mas quando se chega à loja, o vendedor diz que o carro foi vendido. Mas, da mesma forma, procura “ajudar” dando um similar com algum diferencial do anúncio que o faz custar mais.

O mesmo acontece com financiamentos. Anúncios de carros com planos a prazo precisam conter o CET (Custo Efetivo Total), incluindo também taxas de juros, valor total do veículo, versão específica, pintura metálica/perolizada ou sólida, IOF e Taxa de Cadastro (TC). A quantidade de veículos disponíveis e o prazo do promoção devem estar bem claros no anúncios.

De acordo com o Procon, se o anúncio oferece algo e depois não cumpre, então é propaganda enganosa. Se o cliente exigir, a loja tem que entregar o veículos nas especificações e condições anunciadas. Caso contrário, o consumidor pode guardar o anúncio e entrar com uma ação pelo cumprimento da publicidade.

Em geral, os anúncios são de versões de entrada, sem opcionais, mas é sempre bom ter cautela. Ligue antes e peça mais informações, para ter a certeza de que o carro existe ou se já foi vendido.

Fonte: Revista Quatro Rodas

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