Ambulantes têm 60 mil produtos apreendidos no Metrô em apenas dois meses

Em uma sala ampla com dezenas de monitores grandes de televisão e computadores com imagens de câmeras de segurança e detalhes sobre a movimentação de cada trem do Metrô, uma equipe é responsável por analisar todas as mensagens de texto enviadas por passageiros que utilizam as linhas da companhia. Em pouco mais de 40 minutos, entre às 9h e às 9h40 de uma terça-feira chuvosa e fria em São Paulo, o Centro de Controle de Segurança do Metrô, na região da Vergueiro, zona sul, recebeu 35 SMS.

Lançado em 2011, o serviço de mensagens foi criado para antender questões de segurança, mas recebe todo tipo de denúncia – desde problemas com ar condicionado e portas a crimes de abuso sexual e venda irregular de produtos nos vagões. Essa, aliás, é a líder de reclamação, segundo Rubens Menezes, chefe do departamento de segurança do Metrô.

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  • “Tem uma pesquisa que diz que 49% dos usuários não se incomodam com os vendedores irregulares, mas os outros se importam, então comércio irregular lidera o número de reclamações. Não é crime, mas é proibido, então os objetos são recolhidos e levados para a subprefeitura. O vendedor recebe um protocolo para retirar o material, se quiser, após pagamento de multa”.

    Em dois meses, quase 60 mil produtos foram apreendidos nos vagões. Em junho deste ano foram recolhidos 29.670 produtos – sendo 20.212 alimentícios; em julho, as apreensões chegaram a 29.885 – 23.499 alimentícios.

    Ajuda em sete minutos

    Após o envio de uma mensagem com a denúncia, o Metrô garante que consegue enviar apoio de segurança ao local da ocorrência em menos de dez minutos. Com o mapa que mostra onde cada agente está é possível encaminhar os que estiverem mais próximos para verificar o ocorrido.

    “A dupla de segurança mais próxima será deslocada. O Metrô garante que em até sete minutos algum agente de segurança vai chegar”.

    Em alguns casos, esse tempo pode ser longo demais para realizar um flagrante como em registros de furtos e abuso sexual, por exemplo. Neste último caso, as denúncias por SMS não costumam ser tão populares. As mulheres, principais vítimas, tendem a comunicar algum funcionário do Metrô pessoalmente.

    “A pessoa sai do vagão, vê alguém e comunica. Ou o próprio funcionário ouve a confusão”.

    Apesar da possível demora dependendo da denúncia, a companhia informa que o sistema de segurança é reforçado com agentes descaracterizados (homens e mulheres) e que há mais de 3.000 câmeras nas estações e trens, o que ajuda a solucionar parte das denúncias. O serviço funciona 24 horas por dia e tem um baixo índice de trote, perto de zero. Rubens Menezes explica também que o objetivo é diversificar em breve a ferramenta de denúncias e buscar outras plataformas e/ou aplicativos para se comunicar com o passageiro.

    Fonte: R7

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