O município de São Vicente, na Baixada Santista, com 355 mil habitantes, que vem enfrentando problemas com a coleta de lixo e atrasado o pagamento dos salários de parte dos servidores públicos, agora ficou sem rodoviária.
O problema afeta diretamente a população. De acordo com a prefeitura, só nos dois primeiros meses do ano, 44.962 pessoas utilizaram os serviços da rodoviária.
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A prefeitura parou de pagar o aluguel do terreno, no Parque São Vicente, e foi despejada. A Guarda Civil, a Sedec (Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia) e o PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) também funcionavam no local. Apenas a Guarda Civil já opera em outra sede, no bairro da Boa Vista.
A dívida também é cobrada na Justiça e se refere a cerca de 27 meses de inadimplência, totalizando mais de R$ 2 milhões. A prefeitura ainda tentou prorrogar o prazo para a entrega do local, mas sofreu uma negativa final na sexta-feira, dia 1º de abril e precisou sair do local.
Um novo ponto de embarque e desembarque será montado de forma emergencial e provisória junto ao Mercado Municipal, no centro da cidade. A medida atende a uma solicitação das empresas de ônibus.
Nesta quarta-feira, dia 6 de abril, foi definido que o espaço provisório entrará em operação até o fim da próxima semana. Já foram realizadas as sinalizações necessárias no chão, restando a instalação dos boxes destinados às companhias.
A prefeitura informou que o espaço terá condições para o embarque de três ônibus e o desembarque de outros dois simultaneamente.
Recentemente, outro imóvel, que abrigava o 3º Distrito Policial, também foi alvo da mesma medida judicial.
O espaço para o qual a gestão do prefeito Luís Claúdio Bili espera transferir a rodoviária é público: o Centro de Convenções, próximo à rodovia dos Imigrantes. O equipamento, no entanto, não recebe mais eventos e nem sequer tem autorização do Corpo de Bombeiros para funcionar, devido ao mau estado de conservação.
O local foi interditado pela Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo da cidade depois de um incêndio, ocorrido há um ano, que causou danos estruturais como o comprometimento do forro e a queda de parte do teto de um dos banheiros. Também há muitas infiltrações no telhado.
O município informou que também estuda outras duas áreas, uma pública e outra particular, para a nova rodoviária.