O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, criou um grupo de trabalho para supervisionar e acelerar os trabalhos de recuperação da Estação da Luz da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Museu da Língua Portuguesa. Na última segunda-feira (21), um incêndio atingiu o local e danificou o prédio histórico.
A medida foi publicada em um decreto no Diário Oficial desta quinta-feira (24). O grupo executivo será supervisionado pelo secretário de Governo Saulo de Castro.
Na próxima segunda (27), a CPTM vai fazer alguns testes para decidir se vai liberar a circulação de trens de carga.
Antes do incêndio, 35 trens de carga passavam diariamente pela estação da Luz, fora do horário de pico. Com o fechamento da estação, os trens de carga estão parados.
Em um pátio de Jundiaí, a cerca de 50 km da capital paulista, tem quatro composições estacionadas. Elas saíram do interior do estado e deveriam ir para o Porto de Santos, na Baixada Santista.
A empresa de logística informou que há mais trens parados em outros pátios esperando a liberação para circular pela estação Luz.
Obras
As obras emergenciais na Estação da Luz começaram na tarde desta quarta-feira (23) e devem durar três dias, segundo o secretário estadual da Cultura, Marcelo Mattos Araújo. A estação está fechada desde a tarde de segunda-feira (21), quando o Museu da Língua Portuguesa, que fica no mesmo complexo aquitetônico, foi incendiado.
A estação ainda não tem prazo para abrir para pedestres e nem para a volta da circulação de trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O trabalho começou com escoramento interno e retirada do que sobrou do telhado.
Guindastes vão sustentar a estrutura de madeira do telhado para retirada do entulho. O entulho de piso não será retirado agora. As paredes laterais serão amarradas (atirantadas) para que não fiquem nem para dentro nem para fora.
Já o Metrô continua funcionando na Luz, mas os usuários não poderão usar as entradas e saídas da estação principal. O acesso às linhas do Metrô continuará se dando por outras entradas.
Em três dias o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) deverá voltar ao local para saber se as plataformas poderão ser liberadas. Após esse trabalho de recuperação, se houver aprovação do IPT, a circulação pode ser retomada, de acordo com o diretor de engenharia da CPTM, Carlos Roberto dos Santos. Cerca de 300 mil passageiros que circulam pelo local todos os dias.
Alternativas
A alternativa para os usuários continua sendo utilizar as linhas 7-Rubi, que opera até estação Barra Funda e tem integração com a Linha 3-vermelha do Metrô, e a 11-Coral, que opera até a estação Brás – também com integração com a Linha 3-Vermelha do Metrô.
A Estação Júlio Prestes, da Linha 8-Diamante, é outra opção que fica a cerca de 250 m da Estação Luz.
As linhas 1-Azul e 4-Amarela do Metrô que passam pela Luz operam normalmente, mas sem interligação com a CPTM.
Fonte: G1